Uma polêmica ronda o Athletico nas últimas semanas. A improvisação de Cuello na ala direita e de Canobbio na esquerda tem desde defensores ferrenhos quanto críticos mais ferrenhos ainda. O certo é que a escalação dos dois atacantes pelos lados virou realidade, e vai seguir sendo usada pelo técnico Wesley Carvalho – que é muito criticado e muito elogiado, quase ao mesmo tempo, por esta opção.
A decisão foi construída pelo treinador aos poucos. Tentando solucionar vários problemas táticos do Athletico – bola alta defensiva, falta de velocidade no miolo da zaga, falta de profundidade pelos lados do campo, mais presença ofensiva, as ausências de Madson e Fernando -, ele foi fazendo as improvisações. Começou com Esquivel virando zagueiro, depois Canobbio virou ala esquerda e enfim Cuello apareceu pela direita.
Os defensores da tese no Athletico
O treinador tem como grande respaldo para a mudança tática para o 3-5-2 (ou 3-6-1) o apoio dos jogadores. As críticas recebidas no Atletiba chacoalharam o Athletico, e a resposta seria dada em campo, como foi na vitória sobre o Grêmio, nesta quarta-feira (18). Quem defende a tese de Wesley Carvalho vê que o Furacão ganhou força pelos lados do campo, que é possível variar o sistema de jogo sem mudar peças e que a capacidade tática de Cuello e especialmente Canobbio fazem a diferença.
Já quem é contrário lembra da “teoria do cobertor curto”. É aquela história de cobrir a cabeça e descobrir os pés. Houve partidas em que o Athletico perdeu os seus extremas na frente, pois havia muita responsabilidade de marcação. Ou o contrário – na partida de Porto Alegre, o Furacão teve bastante presença no ataque, mas o Grêmio explorou muito os espaços que os ‘alas-atacantes’ abriam na defesa. Mas o resultado e a importância dele na briga pela Libertadores justificaram a postura rubro-negra.
“Cartucho queimado”
Diante do Botafogo, neste sábado (21), às 21h, no Nílton Santos, no Rio de Janeiro, o Athletico terá mais uma vez Cuello na ala. Suspenso, Canobbio não joga. Mas o Furacão vai ter muita intensidade, porque todos sabem que ficou uma mancha na campanha do Brasileirão. “Não podemos nos permitir ter outra atuação em termos de comportamento como a que tivemos contra o Coritiba. Nossa cartucho a gente já queimou. Creio que os atletas entenderam isso e não vão deixar acontecer novamente”, finalizou Wesley Carvalho.
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Cobertor curto? Cuello e Canobbio se transformam em alas do Athletico
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