Como era esperado, o Athletico recebeu aval dos conselheiros para seguir em dois projetos importantes para o futuro do clube. A proposta de criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a adesão oficial à Liga Forte Futebol, incluindo com isso o acordo firmado nesta semana com a Serengeti, foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho Deliberativo. Assim, o Furacão dá mais passos na busca de viabilizar um novo salto – a consolidação como um dos maiores clubes da América do Sul.

Desde a chegada de Mário Celso Petraglia ao Athletico, em 1995, estabeleceu-se uma linha de crescimento do clube. Primeiro era necessária a recuperação financeira, administrativa e esportiva, processo que teve seu desfecho com o título brasileiro de 2001. Depois, era a afirmação, criando o ‘costume’ de estar sempre entre os primeiros colocados das competições que fossem disputadas. O terceiro salto foi a entrada definitiva no clube dos grandes clubes brasileiros, com os títulos da Copa Sul-Americana, da Copa do Brasil e o vice-campeonato na última Libertadores.

O Athletico do futuro

Para o quarto salto, era fundamental uma nova relação de forças no futebol brasileiro e um ambiente propício para investimentos. Defensor da transformação dos clubes em empresas, o presidente do Athletico vislumbra essa possibilidade há pelo menos 15 anos. E o projeto inicial foi adaptado até a redação final da “Paranaense SAF”, nome dado pela diretoria, que foi aprovada em Assembleia Geral ano passado e referendada na noite desta quinta-feira (9).

Petraglia dizia em 2019 que o Athletico precisa “virar S/A. Primeiro para o crescimento do futebol brasileiro e a redução da dependência da televisão. Segundo para que tenhamos capital para manter os salários dos jogadores no nível que o futebol tem no mundo“. A projeto aprovado diz que o Athletico terá 100% da empresa na sua criação. Na prática, para o torcedor, a mudança é pouca, porque o Furacão já tem uma gestão profissional e centralizada em Petraglia. O que acontece é que a SAF será o ponto de partida para a busca por um investidor que seja parceiro do Rubro-Negro.

Altos investimentos

O plano traçado pela diretoria do Athletico não pensa em um sócio majoritário, como acontece em Vasco, Bahia, Botafogo e Cruzeiro. O ‘mundo ideal’ seria um parceiro com no máximo 49% do controle, portanto sem poder de decisão ante a superioridade do Furacão na SAF. Essa ideia foi confirmada por Alexandre Mattos, CEO de Negócios de Futebol e Áreas Nacional e Internacional, em entrevista ao Furacão LiveE o aporte desse investidor minoritário era avaliado internamente, em meados do ano passado, em R$ 1,5 bilhão.

O dinheiro também é alto no outro tema aprovado pelos conselheiros do Athletico, a entrada formal na Liga Forte Futebol. Foi autorizada a cessão “de seus direitos comerciais, de transmissão e outros ainda a serem definidos, pelo prazo de 50 anos, sobre o principal campeonato brasileiro de futebol”. A Forte Futebol aprovou nesta semana a proposta da Serengeti Asset Management, fundo de investimentos norte-americano, de R$ 4,85 bilhões por 20% da possível liga a ser formada. Para isto, no entanto, seria necessário que a LFF conseguisse reunir 36 clubes para fechar duas divisões. Neste momento, o grupo reúne 26, entre eles Athletico, Coritiba, Londrina e Operário.

No Campeonato Paranaense, a próxima partida do Athletico será neste sábado (11), às 18h30, diante do Operário, na Arena da Baixada. O jogo terá cobertura completa da Banda B. Acompanhe a transmissão em AM 550, FM 79.3, pelo nosso aplicativo, no www.bandab.com.brnas redes sociais e no YouTube.

Mário Celso Petraglia comanda a reunião do Conselho Deliberativo do Athletico.
Mário Celso Petraglia comanda a reunião do Conselho Deliberativo do Athletico. Foto: Cahuê Miranda/CAP