A Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês) recorreu da decisão da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) em relação ao episódio de doping do atacante Agustín Canobbio, do Athletico. O jogador testou positivo para uma substância proibida quando ainda jogava pelo Peñarol, do Uruguai. A informação foi divulgada pelo portal futbol.com.uy.

Em setembro de 2021, exames apontaram no corpo do atleta a presença de boldenona — um anabolizante de uso veterinário para crescimento e engorda de animais. O caso aconteceu após o jogo do Penãrol contra o Sporting Crystal, pelas quartas de final da Copa Libertadores da América. A partir daí, Canobbio participou de várias audiências e a Conmebol optou por aplicá-lo apenas uma advertência, em março de 2022.

“Após a apresentação de provas e testemunhas, ficou decidido que o resultado se tratou de “um caso de contaminação por ingestão de carne”, explicou à época o advogado do jogador, Horacio Gonzalez Mullin, ao Futbol.uy. Na última terça-feira (28), a WADA entrou com um recurso para contrariar a sanção. Agora, o caso será analisado pelo Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça, que é a instância máxima nessa área.

Dentro das políticas antidoping, a punição mais comum é de seis meses – caso de Thiago Heleno, do próprio Athletico, em agosto de 2019. Ainda não há definição se o caso será julgado ou apenas arquivado. A decisão será definitiva e não caberá recurso.

Canobbio chegou ao Athletico em março do ano passado, como a segunda contratação mais cara da história do clube – R$ 15 milhões. Desde então, disputou 49 jogos, com cinco gols e duas assistências no período. O atacante ainda defendeu a seleção uruguaia na Copa do Mundo do Catar, onde entrou em campo por apenas 10 minutos.

Canobbio chegou ao Athletico em março de 2022
Uruguaio pode pegar gancho pesado. Foto: Geraldo Bubniak/AGB