No G6, sonhando com o G4, o Athletico vai para o Atletiba, que acontece domingo (1º), às 16h, no Couto Pereira, em uma situação bem diferente à do rival. O Coritiba atualmente está afundado na lanterna do Brasileirão, vindo de oito derrotas consecutivas e 26 pontos distantes do Furacão.
Motivos que seriam mais que o suficiente para colocar o Rubro-Negro como grande favorito, mesmo jogando na casa do adversário. Mas, internamente, ao menos o discurso é outro.
“Temos que ir preparados o máximo possível, para entrarmos em campo ligados e focados. Não será um jogo fácil. Vão escutar que o Coritiba vai chegar cansado, tudo isso é balela para tirar o nosso foco. E eu tenho que trabalhar isso. Não podemos achar que vamos ganhar por estarmos lá em cima na tabela e o Coritiba lá embaixo. Temos que ter respeito pelo clássico“, afirmou o técnico Wesley Carvalho, ainda na semana passada, após a vitória sobre o Internacional.
Vantagem recente do Athletico é grande, mas com placares apertados
A última derrota do Athletico para o Coxa foi no dia 23 de março de 2022, quando o Alviverde fez 2×1 na Ligga Arena. De lá pra cá, foram dois empates e três vitórias do Furacão. Um retrospecto positivo, mas que não muda o discurso. O volante Erick, inclusive, lembrou da dificuldade do clássico do primeiro turno, quando o Rubro-Negro perdia por 2×1 até os minutos finais e virou nos acréscimos para 3×2.
“Eu particularmente adoro jogar clássico. Um jogo extremamente diferente, a preparação, a atmosfera ao longo da semana é boa. A discrepância entre os adversários não aparece nesse momento. Clássico sempre é muito parelho. No primeiro turno buscamos a vitória na bacia das almas. Vai ser um jogo difícil“, destacou ele.
Pegando um recorte de 2020 para cá, foram 13 Atletibas disputados. O Athletico venceu sete, empatou quatro e perdeu apenas duas vezes. E todos os triunfos foram por apenas um gol de diferença. Curiosamente, o placar mais elástico foi conquistado pelo Coxa: 4×0, em março de 2020, o último compromisso antes da paralisação por conta da pandemia e que o Rubro-Negro voltava de viagem do Chile por compromisso pela Libertadores.
Em clássico, momento tem que ser ignorado
Se o adversário do Athletico na próxima rodada fosse qualquer time que está brigando contra o rebaixamento, certamente o favoritismo seria inteiro rubro-negro. Mas o ingrediente especial de ser o rival anula qualquer fator que tenha um contexto ao olhar a tabela de classificação do campeonato.
É um campeonato à parte. Um velho discurso que se renova ano após ano. Até mesmo por saber que do outro lado a motivação em derrubar o maior rival também cresce. Por isso, talvez mais do que qualquer trabalho tático, o lado emocional é levado muito em consideração na preparação.
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“Tem um jargão que diz que clássico não se joga, clássico se ganha. Já joguei muitos clássicos como treinador, auxiliar, e é muito diferente. Se falar para os jogadores que é um jogo normal, é mentira. É muito duelo mental, de se recuperar dentro do jogo, de pé na bola, de batalha“, completou Wesley Carvalho