Os atletas envolvidos na briga generalizada no Atletiba podem pegar uma suspensão de até 12 jogos. Em entrevista à Banda B, o procurador do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), Pedro Henrique Val Feitosa, afirmou que pretende prestar denúncias contras os jogadores.
A confusão aconteceu no final do clássico na Arena da Baixada e contou com a invasão de torcedores não identificados no campo. O árbitro José Mendonça da Silva Junior precisou encerrar o jogo com antecedência “por falta de segurança”, conforme aponta a súmula.
Mendonça registrou as expulsões de nove atletas: pelo lado do Athletico, os zagueiros Pedro Henrique e Thiago Heleno, o lateral Pedrinho, o volante Christian e o meia-atacante David Terans. Pelo Coritiba, o técnico António Oliveira, o zagueiro Marcio Silva e os atacantes Alef Manga e Fabrício Daniel levaram o gancho.
Segundo o procurador, os “brigões” serão denunciados no artigo 254-A, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Eles serão julgados e podem pegar de quatro a doze jogos de suspensão. As decisões caberão recursos ao Pleno e ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A ideia do TJD-PR é que o julgamento seja marcado até o final deste mês devido ao feriado de carnaval.
“Entendemos que tem alguns envolvidos que iniciaram a briga ou participaram de uma forma mais contundente dela. Eu tenho pra mim que isso vai ser analisado e a dosimetria da pena vai ser analisada conforme a participação de cada um. Imagino que os maiores contendores partam de seis partidas de suspensão”, disse o procurador.
Procurador vai conversar com o árbitro do Atletiba
Feitosa afirmou que buscará entender melhor o episódio através de uma conversa com o árbitro. O fato do Athletico ter tido cinco expulsos pode acarretar em um W.O por não ter o mínimo de atletas em campo. Além disso, caso seja denunciado, o Furacão pode ser punido com multa e perda de mando de campo pela invasão da torcida e arremesso de objetos no gramado, conforme apontou o procurador.
“A gente está verificando os três boletins de ocorrência passados pela Demafe e acreditamos que tenha mais invasão do que isso. Pode haver uma denúncia para perda de mando em relação ao Athletico. Sobre a briga, verificamos pelas imagens que há mais participantes. O árbitro não relata a totalidade da briga. Realmente existe outras atitudes que podemos analisar”, afirmou Feitosa.
Enquanto não acontece o julgamento, os expulsos cumprirão suspensão automática no Paranaense. Caso as punições ampliem, o TJD-PR pretende aplicá-las ainda neste estadual. A primeira fase encerra no dia 26 de fevereiro, enquanto o mata-mata inicia em 5 de março.
Em campo, Athletico e Coritiba empataram em 1×1, em um dos Atletibas com melhor nível de jogo dos últimos anos.