Em vídeos publicados em redes sociais, os presidentes do Fluminense e do Boca Juniors pediram paz e união das torcidas para a final da Libertadores, que acontece neste sábado (4), no Maracanã. “Isto não é uma guerra, é uma partida de futebol”, disse Jorge Ameal, presidente do time argentino. Diante das tensões crescentes, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) chamou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a AFA (equivalente argentino da CBF), o Fluminense e o Boca Juniors para uma reunião nesta sexta-feira (3).
Após o encontro, a entidade divulgou uma nota em que afirma que a reunião teve como tema central a segurança da final da Libertadores. Foram repassadas todas as medidas tomadas até aqui para a proteção de jogadores e torcida. E também as áreas e entradas designadas no estádio aos torcedores de cada time, segundo o comunicado. “Tratando-se de dois clubes com um enorme apelo popular, se faz indispensável tomar as precauções máximas (…) para minimizar todo o possível contato entre as torcidas”, afirma a Conmebol na nota.
O comunicado conclui lembrando que os dirigentes dos dois finalistas da Libertadores assinaram documento em outubro estabelecendo que “assumem o compromisso de impulsionar campanhas e ações contra a violência e o racismo no seio de suas respectivas torcidas”. Pouco após o término da reunião, a Conmebol publicou em suas redes sociais vídeo com Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, e Jorge Ameal, do Boca.
Libertadores sem torcida?
“É muito importante que a gente estabeleça, de hoje (sexta) para amanhã, um clima de paz”, disse Bittencourt. Já Ameal afirmou que “isto não é uma guerra, é uma coisa muito importante, isto é uma partida de futebol“. Na quinta-feira (2), nove torcedores foram detidos em dois diferentes focos de confusão entre torcedores em Copacabana. Segundo a Polícia Militar, foram levados à delegacia sete argentinos e dois brasileiros. A mídia argentina divulgou um áudio em que um dos líderes da organizada xeneize convoca os torcedores do tricolor para uma briga.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse ao ge, da Globo, depois da reunião, que a final da Libertadores acontecerá com a presença da torcida, mas que isso “vai depender dos torcedores. A partir de agora, os torcedores têm que se unir em torno da paz, porque é segurança acima de tudo”.
Segundo ele, “se não tiver essa paz, (…) é lógico que tem a possibilidade de ter (a final) sem público”.