Um “golaço” da dupla Atletiba foi o grande assunto da rodada do Campeonato Paranaense. A presença apenas de mulheres e crianças no jogo Coritiba x Aruko rodou o país. A medida de ‘transição de pena‘ conseguida por Coxa e Athletico (que terá duas partidas no mesmo perfil) foi uma sacada interessantíssima, e que não pode morrer nessas três partidas.
O ambiente das arquibancadas do Couto Pereira era outro. Um clima que está em sintonia com a mudança do futebol. Mulheres são realidade como técnicas, jogadoras, dirigentes, jornalistas… Elas assumiram o papel que sempre foi delas, mas que o machismo do futebol brasileiro sempre impedia.
Com elas, e com as crianças, podemos fazer um esporte mais tolerante, pacífico e com a mesma emoção. Quem dera podermos ter um Atletiba só com eles. Seria sensacional. Mas, por ora, impossível pensar nisso, até porque os clássicos são com torcida única.
Joio e trigo
O tema é complexo, porque a gente sabe que é uma minoria que transforma o futebol em guerra. Aqueles que não conseguem viver em sociedade, que aceitam a violência e que afastam muita gente dos estádios, seguem aí, livres e indo aos jogos. E quem não desiste de acompanhar seu time ao vivo corre o risco de ser agredido sem qualquer motivo.
O que é preciso ser feito pelas autoridades de segurança, e com o suporte de por clubes e até torcedores, é cada vez mais isolar esses grupos violentos, tirando-os de circulação nos dias de jogos. Enquanto seguirmos tapando o sol com a peneira, nós vamos ver tristes cenas como as vistas no ano passado.
Futebol é diversão, futebol é esporte e é emoção. Mulheres e crianças da dupla Atletiba darão uma lição para todos em três atos. Que elas sejam aprendidas.