A folga dos alimentos, no entanto, poderá comportar o novo foco de pressões esperado para a inflação em 2021. Ele deve vir de dois grupos que neste ano ficaram bem comportados por causa da pandemia: os serviços e os preços administrados, cujos reajustes precisam ser autorizados pelo governo.
Foto: Felipe Menezes/Metrópoles
Com o isolamento social, a demanda por serviços despencou e impediu os aumentos. Por sua vez, os preços administrados, que incluem tarifas de transporte, combustíveis, planos de saúde, medicamentos, por exemplo, ficaram estacionados boa parte do ano. Só a energia elétrica voltou com força este mês, com a bandeira tarifária vermelha que cobra uma taxa extra de R$ 6,243 a cada 100 kWh.
“Não há espaço para os alimentos continuarem subindo em 2021”, prevê o economista Heron do Carmo, professor sênior da FEA/USP e um dos maiores especialistas em inflação. A disparada dos alimentos neste ano ocorreu por conta da maxidesvalorização do câmbio combinada com a maior demanda no mercado interno e externo. “Juntaram duas coisas que nem sempre ocorriam ao mesmo tempo.” Na sua avaliação, a perspectiva é que essa escalada não continue porque os alimentos já estão num patamar muito alto. Além disso, o câmbio começa a arrefecer.
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