As seis maiores cidades do Paraná apresentaram redução nos preços de alimentos e bebidas em dezembro de 2022, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), em informe mensal. Foi analisada a média de preço dos 35 itens alimentícios mais consumidos pelas famílias.

Banana-caturra e batata-inglesa puxam queda de preços de alimentos no Paraná em dezembro
A banana-caturra e a batata-inglesa destacaram-se com as maiores quedas, de 23,65% e 9,61%, respectivamente.
Foto: Geraldo Bubniak/AEN.

De acordo com o chamado Índice de Preços Regional (IPR), a maior queda do último mês aconteceu em Maringá, onde houve redução média de -0,92% nos preços, seguida por Curitiba (-0,88%), Ponta Grossa (-0,87%), Cascavel (-0,83%), Londrina (-0,28%) e Foz do Iguaçu (-0,20%)

Dentre os 35 itens pesquisados, as principais altas de dezembro no Paraná foram o pernil suíno, de 14,43%, e a maçã, 11,11%. Em sentido oposto, a banana-caturra e a batata-inglesa destacaram-se com as maiores quedas, de 23,65% e 9,61%, respectivamente. Os dados completos do IPR do Estado e de cada uma das seis cidades analisadas estão disponíveis no site do Ipardes.

Segundo o diretor de Estatísticas do Ipardes, Daniel Nojima, os principais itens que puxaram o índice para baixo foram as carnes e laticínios. Também houve uma redução no preço de hortifrútis, como o tomate e a batata-inglesa, que estavam bastante altos no mês anterior.

“O leite e o peito de frango já vinham em um processo de redução de preços ao longo do segundo semestre do ano passado, o que ajudou na redução do índice em todos os municípios analisados”,

explicou Nojima.

Inflação no Paraná

O resultado de dezembro contribuiu para amenizar a inflação do ano no Paraná, que poderia se aproximar dos 16%, mas fechou em 15,08% no acumulado de 2022. O índice pode ser explicado por uma série de fatores que pressionaram os preços dos alimentos e bebidas entre 2021 e a metade de 2022. No último semestre, a melhora das condições climáticas ajudou a reequilibrar os estoques normais nos mercados, reduzindo a pressão inflacionária.

“O ano de 2022 teve uma trajetória de alta na inflação, impactada pelo contexto de estiagem, aumento no custo de transportes por conta da alta dos combustíveis e desvalorização cambial, associada ao aumento pela demanda de importação de insumos”, afirmou o diretor do Ipardes.

No acumulado dos 12 meses, o destaque é para alta da maçã (99,46%), cebola (97,10%), batata-inglesa (87,05%), biscoito (36,06%) e maionese (31,16%). Por outro lado, no mesmo período houve redução no custo do molho de tomate (-4,38%), laranja (-3,32%), feijão (-2,54%), linguiça (-2,19%) e no açúcar cristal (-1,56%), o que ajudou a segurar a alta do índice anual.