Ela voltou a afirmar, também, que a próxima safra, que começa depois de 15 de janeiro no Sul do País (nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul), “será muito boa”. “Não teremos problema de abastecimento, nem de preços”, garantiu.
Mesmo sem risco de desabastecimento este ano, segundo a ministra, ela disse que o País “não poderia correr riscos” e preferiu derrubar, até dezembro, a tarifa de importação de arroz de fora do Mercosul. “Fizemos isso para ter uma reserva técnica, para que não houvesse a menor possibilidade de faltar arroz”, continuou ela, reconhecendo que este ano o País “levou um susto” por causa da disparada de preços do produto.
“Houve aumento de consumo, aliado à menor produção, decorrente de anos de prejuízos dos produtores”, descreveu. “As pessoas ficaram em casa, consumiram mais arroz; o auxílio emergencial fez com que as pessoas pudessem comer melhor e investir mais em alimento”, disse a ministra. “Houve uma série de coisas que levaram o preço do arroz a ficar mais alto.”
Em relação à crítica que se faz, de que o País deveria manter estoques públicos maiores de arroz, produto da cesta básica, Tereza Cristina disse que “estocar arroz é caro”. “A gente vê que tem uma série de desvios. Quando vai ver, no estoque, já não é mais o arroz que você colocou lá”, disse. “Assim, na minha humilde opinião, não é só estoque (público) que dá segurança. Talvez devamos ter outros mecanismos, como por exemplo abrir antes a importação (sem tarifas).”
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Arroz encareceu no mundo todo, não só no Brasil, diz ministra da Agricultura
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