A primeira agência bancária sem portas giratórias e vigilância armada de Curitiba abriu as portas na manhã desta quarta-feira (17) sob protestos de funcionários, no Centro Cívico. O banco Santander acionou a Polícia Militar (PM) para forçar a abertura da agência, que seguiu fechada até por volta das 11 horas. Clientes e funcionários alegam falta de segurança para realizar operações financeiras.

 

Santander do Centro Cívico abriu as portas uma horas depois do previsto. Foto: Banda B

 

A abertura da agência gerou aglomeração pouco antes das 10 horas. Embora a agência não disponha de cofres, há dois caixas eletrônicos abastecidos de notas. “Tem dinheiro, há trânsito de dinheiro. Os clientes e funcionários ficam sem qualquer tipo de segurança. Essa é a primeira agência bancária de grande porte que está tentando abrir nessas condições”, disse à Banda B o bancário Denner Halama.

Segundo ele, a polícia foi acionada a pedido do banco, o que deixou a situação mais conflitosa. “A polícia foi acionada pelo banco para forçar a abertura, ou seja, eles que deveriam nos dar segurança, estão forçando a agência a abrir sem os requisitos obrigatórios”, criticou.

O novo método de abertura sem portas giratórias e vigilâncias já foi testado em outras capitais, como São Paulo, por exemplo.

Lei

Em Curitiba, existe a lei municipal 14.644 de abril de 2015 que obriga os bancos a terem portas de segurança, como uma das normas de segurança. O artigo 4º dispõe do trecho ‘cada unidade (…) deverá, obrigatoriamente, ter detector de metais; travamento e retorno automático; abertura ou janela para entrega ao vigilante, de metal detectado.

Já o artigo 5º alerta pela obrigatoriedade de vigilância armada nas dependências de estabelecimentos bancários e financeiros, inclusive nas salas de autoatendimento, durante o horário de funcionamento.

Outro lado

A Banda B entrou em contato com a assessoria de imprensa da rede bancária Santander sobre a abertura da agência e aguarda retorno.