Há limite pra tudo, até para paciência de um padre. Que o diga o padre Roque Wendt que está muito irritado com os carros de som que passam na frente da Paróquia São Miguel Arcanjo, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba (RMC). Dia sim, outro também, segundo desabafa o padre à Banda B. Mas tem um detalhe: quase sempre, os carros barulhentos passam na hora das missas e atendimentos online.

Segundo ele, durante o dia é praticamente impossível fazer as pregações por causa dos carros de som com megafones gigantes, bem na hora das cerimônias.

Frente da Paróquia São Miguel Arcanjo em Piraquara; Foto: Divulgação

“Quando passam os carros a gente tem de interromper…passa o carro do ovo, o carro do sonho, carro da linguiça, carro que pega óleo. A maioria é esses tipos que vendem produtos caseiros. A gente tem que parar a transmissão online e dizer para as pessoas que daqui a pouco a gente volta. É terrível. Não respeitam nada, eles são malcriados”, explicou o padre, bem bravo.

Daí não teve jeito. O padre conta que, por conta do barulho, foi obrigado a suspender as transmissões online por tempo indeterminado. “Pensamos em fazer à noite, mas é muito perigoso. Muito assalto na região”, justificou.

Os eventos online da paróquia agora são apenas aos domingos, dia que os vendedores ambulantes não passam pelo local porque, a gente até calcula, também são filhos de Deus.

“São pessoas violentas, não respeitam e ameaçam se você pede para baixar som”, diz o padre (ainda mais irritado).

O sacerdote disse ainda à Banda B que já tentou de todas as formas acabar com o problema e, inclusive, já procurou até a prefeitura de Piraquara. “Ninguém resolve nada”, reclamou.

Roque Wendt está incomodado com os carros de som que passam na frente da Paróquia São Miguel/ Foto: Divulgação


E a prefeitura?

A secretária de Meio Ambiente de Piraquara, Cristina Galerani, explicou à Banda B que o município consegue fazer esse monitoramento de som inadequado, inclusive aferir a altura do volume dos carros de som, mas segundo a ela, o padre não formalizou a reclamação.

“Nós não tivemos um protocolo aberto, a gente sabe que esse padre fez uma movimentação na Câmara Municipal, mas entrar com o protocolo efetivamente não teve”, lembrou.

De acordo com a secretária, com a placa dos veículos responsáveis pelo barulho é possível identificar o proprietário e notificá-lo, e, posteriormente, multá-los.

E que Deus os perdoe, concluímos aqui na redação da Banda B.

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Padre suspende missas e chama de ‘malcriada’ a turma do carro do ovo, do sonho e da linguiça; “Não dá mais”

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