Franciele Gusso Rigoni. Tatiane Spitzner. Suellen Rodrigues. Naiara Paula da Conceição Silva. Rozélia Maria Martins Caldas. Esses são apenas 5 entre os vários nomes homenageados na 1ª Caminhada do Meio-Dia, evento que relembra vítimas de feminicídio e luta pelo fim da violência contra as mulheres no Paraná. A caminhada aconteceu na manhã deste sábado (22), em Curitiba, e reuniu centenas de pessoas.

Foto: Djalma Malaquias – Banda B

Jean Carlos é irmão de Franciele Gusso Rigoni, morta no fim de maio. Segundo as investigações, ela foi morta pelo marido, Adair José Lago, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O irmão afirma que o objetivo da caminhada é mostrar que os constantes crimes contra mulheres não podem ser vistos como normais.

“Queremos justiça, queremos que a sociedade acorde. Nossa família foi destruída por um feminicídio e precisamos lutar para lá na frente isso não seja mais aceito”, disse.

Caminhada

A caminhada faz parte da programação da Campanha Paraná Unido no Combate ao Feminicídio, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi). O encontro aconteceu na Praça Santos Andrade.

A ex-modelo e ativista no combate à violência contra as mulheres, Luiza Brunet, também esteve presente. Ela, em 2016, também foi alvo de agressão, por parte do ex-companheiro, o empresário Lírio Parissoto.

Brunet afirmou que movimentos assim são muito importantes para combater as mais diversas formas de violência contra a mulher.

“A única forma de fazer o feminicídio parar, é levar uma conscientização real para a sociedade. É importante que a sociedade se mobilize, se movimente, que se posicione, faça denúncias e motive a mulher a pedir ajuda”, disse.

A secretária estadual da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, destacou a determinação do movimento para acabar com os óbitos contra mulheres. “Hoje precisamos reforçar e comunicar para mulheres que muitos comportamentos naturalizados ao longo do tempo, são violências. São milhões de mulheres que vivem em ambientes violentos, vítimas de preconceito, discriminação, assédio moral e sexual, mas isso precisa acabar”, destacou.