Curitiba 330 anos e o orgulho que os moradores têm do
bairro em que vivem
O Centro Cívico é um bairro conhecido por concentrar os três poderes do Paraná – Legislativo, Executivo e Judiciário. É aqui que são tomadas as mais importantes decisões políticas do Paraná.
É no Centro Cívico que fica o Palácio do Iguaçu, sede do Governo do Paraná, e o Palácio 29 de Março, que é onde fica a Prefeitura de Curitiba. No caso palácio da prefeitura, uma curiosidade: o prédio conta com painéis de geração da energia solar e o seu compartilhamento acontece na rede elétrica Smart Grid (geração distribuída). São fatos assim que fazem com que Curitiba seja uma cidade inteligente, conectada e sempre ‘pronta para ir além’.
O Centro Cívico foi uma inovação da capital paranaense. De acordo com o historiador Felippy Strapasson, o bairro foi construído a fim de mostrar que o Brasil estava se reinventando.
“A idealização partiu de Bento Munhoz da Rocha, ex-governador que governou de 1951 até 1955. Era para sediar tanto a administração do município quanto do estado. Ele contratou um arquiteto para elaborar uma área. Em 1953 tem a entrega do Palácio do Iguaçu e, em 1969, a entrega do Palácio 29 de Março. Papa João Paulo II visitou Curitiba em 1980 e ali se instalou o Bosque do Papa. Em 2002, o Centro Cívico passou a ser sede do maior museu de arte da América Latina”
Outra característica marcante é o meio ambiente. São inúmeras árvores, especialmente as araucárias, espalhadas em diversos pontos estratégicos.
O Centro Cívico também conta com opções de lazer e vários restaurantes na região. Muitos frequentam o bairro por causa desta opções e também em razão do Bosque do Papa. A área integra beleza e tradição em harmonia com a natureza.
O Bosque do Papa é considerado um lugar abençoado porque ali foi remontada a casa típica que foi visitada pelo Papa João Paulo II, durante visita à Curitiba em 1980. O bosque foi inaugurado em dezembro daquele e eternizou a presença do Papa – que era polonês – entre os católicos.
Atair Sebastião de Castro Junior é Corretor de Imóveis e diz que o Bosque do Papa é um lugar capaz de transportar a mente para o passado.
“Inspirador, mágico, a gente vem aqui nessas casinhas e basicamente vai para o passado”
Alexandre Faian veio de São Paulo para visitar Curitiba pela primeira vez e gostou muito do Bosque do Papa.
“Cidade muito linda, lugares maravilhosos, um bosque muito lindo, bem cuidado, a manutenção pelo que a gente viu. Tão de parabéns os curitibanos”
A espanhola Rocio Alcobre já veio para Curitiba algumas vezes e é apaixonada pela cultura da cidade.
“Uma cidade muito linda que representa duas coisas importantes: a cultura brasileira e muito da Europa. Me sinto muito em casa!”
Fé move montanhas
Do Centro Cívico vamos para o Alto da Glória. Talvez um dos bairros com o nome mais inspirador de Curitiba. Aqui, a fé é elemento importante, como disse Madre Teresa de Calcutá: “A força mais potente do universo é a fé”.
Este é o sentimento dos devotos que frequentam o Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Praça Portugal. Os encontros costumam reunir milhares de pessoas.
Marilene Veiga é aposentada e fala de como gosta de visitar o bairro.
“Eu gosto porque eu já recebia muitas graças, eu me sinto bem aqui até quando eu não venho falta alguma coisa“
A vendedora ambulante Marta Pereira também conta sua experiência de trabalhar no Alto da Glória há 23 anos.
“Toda quarta-feira, chuva, sol, a gente ta aqui. Antes da pandemia vendia muito, agora caiu às vendas. Mas a fé move montanhas, quem vem aqui é porque tem fé!”, diz
O bairro Alto da Glória foi fundado em 1856 e os primeiros moradores construíram a Capelinha de Nossa Senhora da Glória, que deu origem ao nome.
Diante disso, é possível concluir Alto da Glória começou por causa da fé. Hoje, o bairro é um dos menores de Curitiba em extensão, mas conta com muitas opções de serviços, comércios e áreas verdes. Na gastronomia, oferece vários bares e restaurantes.
Aqui também ficam grandes hospitais e, por isso, o bairro recebe a visita de pacientes de todo o estado.
Se você gostou do Alto da Glória, também vai adorar o próximo bairro.
Tranquilidade e qualidade de vida
Pegando o ônibus nosso próximo destino é o Juvevê. Essa palavra faz parte do vocabulário dos curitibanos desde o século XVII. Segundo antigos moradores da região, o antigo rio do local realmente era cercado por muitos “juvevês” (árvore espinhosa).
Atualmente, uma das características do bairro é a ampla rede de serviços que atende toda a população, como bancos, supermercados e feiras livres, além de excelentes restaurantes. A feirinha nos sábados pela manhã é a mais famosa.
O bairro também passou recentemente por uma transformação na Avenida Paraná. Com o projeto ‘100 mil Árvores’, da Prefeitura de Curitiba, a paisagem ficou mais verde e o equilíbrio ecológico foi instaurado.
O Juvevê também conta com praças para passear com toda a família. O bairro é tranquilo e fica pertinho do centro da cidade, condição que atrai cada vez mais moradores e investidores do setor imobiliário.
Arthur Velizola é barista e trabalha no bairro há um ano. Ele gosta das facilidades que o Juvevê oferece.
“O que eu posso analisar é questão de segurança, tranquilidade, acesso a tudo próximo. Não só para mim, mas aqui talvez para quem é mais velho. Um bairro melhor cuidado, mais agradável!”
E essa foi mais uma viagem da Banda B pelos bairros de Curitiba. Na reportagem de amanhã da série sobre os 330 anos da cidade – Pronta pra ir Além, vamos visitar os bairros Uberaba, Jardim das Américas e Guabirotuba. Até lá!