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Estima-se que, diariamente, 3.317 embarcam em ônibus sem pagar a passagem em Curitiba. O problema impacta diretamente o custo do transporte coletivo. De acordo com estimativas do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp), o prejuízo pode chegar a R$ 6,3 milhões.

Para o diretor-executivo das empresas de ônibus, Luiz Alberto Lenz César, há um receio grande de que a prática se torne habitual.
“Como não acontece nada com os fura-catracas, os outros passageiros se sentem no mesmo direito de fazer, então é uma sensação de impunidade que nos preocupa”, destaca.
Em junho de 2019, as empresas de ônibus lançaram a Operação Fura Catraca, com objetivo de combater as invasões. Os agentes passaram a percorrer estações-tubo para fazer a conscientização e, caso constatassem algum calote sendo dado, informavam a Guarda Municipal e Polícia Militar (PM).
Em cinco meses de operação, houve uma redução de 17% do crimes nas estações atendidas, enquanto que, em 1 ano, a redução foi de 31%.
A operação foi descontinuada por conta da pandemia, mas pode voltar.
“Nós queremos avaliar a questão pós-pandemia. É uma contribuição nossa no sentido de mapear os locais com maior incidência de fura-catracas, para que os órgãos competentes possam tomar devidas providencias”, completa Luiz Alberto Lenz César.
O perfil dos fura-catracas, revela a pesquisa, é de uma maioria formada por passageiros comuns, seguido de guangues, estudantes e, por fim, torcedores de futebol.
Segundo os dados divulgados em 2019, as estações campeãs de invasões em Curitiba são:
Posição/Estação
1 – Fanny (sentido Pinheirinho)
2 – Fanny (sentido Carlos Gomes)
3 – China (bi-direcional)
4 – Rio Barigui (sentido Centro)
5 – Morretes (sentido Bairro)
6 – Rui Barbosa (sentido Terminal Centenário)
7 – Rio Barigui (sentido Bairro)
8 – Praça Carlos Gomes
9 – Presidente Kennedy (bi-direcional)
10 – São Pedro (sentido Carlos Gomes)