A Câmara Municipal de Curitiba aprovou, nesta terça-feira (28), por 17 votos a 3, uma moção de repúdio contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado estadual Renato Freitas (PT), em razão de críticas direcionadas à Polícia Militar (PM).
O texto aprovado foi proposto por Osias Moraes (Republicanos), que, no ano passado, foi um dos autores do pedido de cassação de Freitas na Câmara Municipal.
Moraes cita que Freitas teria atacado a PM “com manifestações desrespeitosas e inaceitáveis” durante discurso na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A declaração, inclusive, foi alvo de representação encaminhada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) à Mesa Diretora. Freitas nega ataque à instituição e garante que a crítica foi direcionada a policiais específicos. O presidente da Casa, Ademar Traiano (PSD), também se pronunciou após o ocorrido e disse que não viu quebra de decoro, além de entender que a fala estaria amparada pela imunidade parlamentar.
Já com relação a Lula, o vereador do Republicanos citou episódio ocorrido no último dia 15, durante lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2). Na ocasião, o presidente afirmou que a população teria “medo” da polícia.
“A polícia tem medo do povo e o povo tem medo da polícia. Porque, em muitos lugares do Brasil, o povo não vê a polícia como uma coisa para lhe dar proteção. Em muitos lugares periféricos, o povo vê a polícia como uma coisa agressora da sociedade”, disse o presidente.
Moção de Repúdio
De acordo com a moção de repúdio, “quem tem medo de polícia é bandido”.
“A polícia tem sim que agir preventivamente e de forma ostensiva impondo respeito, passando segurança a sociedade, primando pelo zelo, honestidade e correção com a finalidade de proteger o cidadão, sociedade e os bens públicos e privados, coibindo a prática de crimes, influenciando no cotidiano das pessoas. A Polícia Militar cumpre e deve continuar cumprindo sua missão constitucional a fim de promover a ordem pública por meio do policiamento preventivo e, se necessário, repressivo”, diz a proposição aprovada.
Subiram à tribuna para defender a moção de repúdio os vereadores Eder Borges (Progressistas) e Professor Euller (MDB). Já Giorgia Prates (PT) fez a defesa correligionários.