Um bairro com grande participação na formação de Curitiba, mas quando se fala no Atuba não há exatamente um consenso sobre a razão do bairro ter esse nome. Para a maioria dos historiadores, o termo quer dizer “abundância de frutas”. Só que segundo o dicionário Tupi de Orlando Bordoni, Atuba significa nuca, ou a parte elevada da cabeça. O fato é que os primeiros moradores de Curitiba se instalaram aqui no século XVI.
Essa primeira povoação, na margem do rio Atuba era chamada de “Vilinha”, mas não permaneceu muito tempo nesse lugar. A lenda conta que a imagem da Padroeira, Nossa Senhora da Luz, tinha os olhos voltados para o lugar que Curitiba ocupa hoje. Foi nesta época que os colonos migraram para a Praça Tiradentes.
O bairro também passa por uma grande intervenção viária no Trevo do Atuba. No local, estão sendo feitos trabalhos de drenagem e aterro com uma pista central e a construção de um viaduto. É pelo Atuba que passa a Linha Verde, que logo se transforma na BR-116, principal ligação entre Curitiba e São Paulo.
Atualmente, o bairro conta com dois pontos de referência: o Parque Atuba e o Rio Atuba. O parque foi criado com o objetivo principal de preservação do meio ambiente na divisa com Colombo, município da região metropolitana.
O casal Rodger Gomes e Claudia Puglia costuma fazer caminhadas com frequência por aqui e adora esse contato com a natureza.
“Vegetação boa, área de sombra, estrutura com boa cancha, academia ao ar livre. O parque tem uma estrutura ótima“, diz Rodger. “Eu gosto, eu que empurro ele para vir toda manhã para caminhar”, complementa Claudia
Aos domingos, o Parque Atuba costuma ter ações do Programa Lazer Curitiba. Essa ação da Prefeitura de Curitiba acontece em cinco parques de forma simultânea. O objetivo é garantir opções de lazer e atividades esportivas para famílias em ambiente aberto e em meio à natureza. Entre as atrações estão pintura no papel kraft, circuito de habilidade, ping-pong, cama elástica e festivais esportivos.
Tranquilo e cheio de natureza
Saindo do Atuba, nossa próxima parada é o Bairro Alto. O local é cercado por rios e preserva boa parte de seus recursos naturais. E não é difícil desvendar a razão do bairro ter esse nome. Ele fica em uma das partes mais altas de Curitiba, com uma vista magnífica da cidade e da Serra do Mar.
O Bairro Alto começou a crescer mesmo em meados do Século XX, mas desde a colonização de Curitiba, junto com o Atuba, foi um dos primeiros a receber portugueses na época em que a cidade estava em formação.
Além da vista privilegiada, o bairro tem muitas opções para quem gosta da natureza. Aqui tem um bosque; sete praças; dez jardinetes; um lago e um Núcleo Ambiental.
Francisco Dantas é aposentado e mora no Bairro Alto há 34 anos. Ele conta que a região tem tudo que precisa.
“Bairro bastante bom hoje. Asfalto, escola, creche, segurança, guarda municipal, melhorou bastante. Vida melhorou em todos os sentidos”
Marlei de Almeida está no Bairro Alto há 23 anos e fala com orgulho de como a região se desenvolveu muito nas últimas décadas.
“Eu gosto! Um bom bairro, comparando com 20 anos atrás melhorou muito!”
Grandes residências
Do Bairro Alto, seguimos para o Jardim Social, bairro ideal para quem gosta de tranquilidade. Inicialmente conhecido como “Morro do Querosene”, o bairro era rural e quase desabitado nos primeiros anos do século XIX. Existem várias versões sobre a razão do antigo nome do bairro, mas uma delas é ligada ao uso de lampiões a querosene para iluminar as ruas.
O Jardim Social é formado em sua maior parte por residências. Lindas casas com moradores que passam o imóvel de geração em geração.
O bairro também conta com serviços essências à população, principalmente na Avenida Presidente Washington Luiz e na Rua Fagundes Varella. O Jardim Social também faz parte do programa de recuperação da malha viária de Curitiba, que já assegurou mais de 800 quilômetros de asfalto de boa qualidade em ruas das dez administrações regionais.
Claudemir de Carvalho é vigilante, mora no Jardim Social desde os 19 anos e fala com orgulho do bairro.
“Bairro aqui é nobre e chique. Bastante mansões, pessoal vive no conforto aqui. Eu convivo aqui há muito tempo, converso com as pessoas e são ótimas para conviver“
A técnica administrativa Regina dos Santos sempre morou no Jardim Social e não tem planos de sair daqui.
“Moro desde quando não era mais Jardim Social. Cresceu bastante, ficou muito bom. Ficou melhor e mais confortável. Eu gosto dessa tranquilidade. Não pretendo sair daqui tão cedo”
Essa foi a última matéria da nossa série especial sobre os 75 bairros de Curitiba em seus 330 anos. Espero que você que escuta e costuma acessar ao Portal Banda B tenha gostado da nossa viagem por todos os cantos da nossa Curitiba, cidade que está ‘Pronta pra ir Além’.