A homenagem do Memorial da Banda B desta segunda-feira (6) é para Arilda dos Santos Lima Rosa. Esta paranaense foi registrada em Bocaiúva do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), mas nasceu na vizinha Tunas do Paraná, onde foi criada.

Arilda dos Santos Lima Rosa tinha 65 anos e era do lar.
Foto: Arquivo da família.

Anos mais tarde, a família mudou-se para Curitiba em busca de trabalho e estudo. Foi na capital que Arilda se casou e teve o único filho biológico, hoje com 44 anos de idade. No final dos anos 1980, ela casou novamente e a relação durou quase 35 anos.

O marido, José Carlos Jacobs Martins, conta que eles se conheceram em 1989, durante um desfile.

“Conheci ela em 1989 ou 90, e aí se dedicamos a uma vida de 34 anos. Ela fazia fotos e desfilava. E ela foi a um desfile, onde desfilei com ela. E ali a gente se conheceu e fomos conversando. E aconteceu da gente ficar junto”,

recorda.

Arilda será sempre lembrada pelo companheiro como uma pessoa forte. “Nunca reclamava de dor”, diz ele. Também como uma esposa muito atenciosa. “Ela foi uma deusa pra mim. Sempre estava tudo bem, nunca tinha nada de ruim. A única coisa que agravava era a doença dela, que a gente ainda conseguiu levar por alguns anos, mas chegou um momento que não deu mais e Deus levou”, lamenta.

Os dois se chamavam por apelidos carinhosos, lembra José Carlos. “Eu chamava ela de meu bem e ela sempre me chamava de bebê.”

Filhas e netos de coração

O casal não teve filhos juntos, mas Arilda ‘herdou’ as filhas de José Carlos como enteadas, a quem se dedicou como uma verdadeira mãe.

“Ela sempre protegeu e sempre cuidou muito das enteadas dela. Somos em três”, conta Paula Martins, uma das enteadas. Da mesma maneira, ela foi com os sete netos postiços, que vieram com o passar dos anos.

Arilda dos Santos com o marido, José Carlos Jacobs Martins.
Foto: Arquivo da família.

Ainda segundo a enteada, com Arilda não havia tempo ruim. “Nunca se ouviu ela reclamar de alguma coisa, de algum dia, que estivesse muito sol ou muita chuva.” Ela também sempre teve ótimo convívio com os amigos.

“Ela se alegrava demais com as conquistas das pessoas, com a alegria das pessoas. Nunca se pronunciou de forma ríspida. Todo mundo que conviveu com ela tem essa lembrança. Sempre muito amorosa, gentil, calma, tranquila. Sempre muito amorosa com meu pai”,

diz Paula.

Despedida de “Meu Bem”

Havia 15 anos que Arilda morava com o marido e o fiel cãozinho Bruce, adotado há nove anos, no balneário Gaivotas, em Matinhos, no litoral do Paraná. Três dias antes de morrer, Arilda passou mal e foi internada.

A paranaense sofria de diabete. No últimos cinco anos, a insulina fazia parte de sua vida ao menos 24 horas por dia, além de medicação. Segundo a enteada, aconteceu tudo muito rápido.

“Ela era diabética, mas teve uma complicação no pâncreas. Foi fulminante. A gente já sabia que ela tinha algumas oscilações de saúde. Na quinta, ela passou mal, na sexta, ela foi pra UTI e, no domingo, veio a falecer”,

relata a enteada Paula.

Ela conta que a família toda está muito abalada e que agora as três filhas irão se dedicar a cuidar do viúvo de Arilda. “Está todo mundo sentindo muito. Agora estamos todos cuidando do pai e a família, tanto dela quanto a nossa, é muito presente com ele. Ela deixou esse legado de construção de família, do quanto é importante sempre estar juntos, apoiando, se ajudando.”

Arilda dos Santos Lima Rosa morreu aos 65 anos, no dia 26 de fevereiro de 2023. Ela deixou um filho, três netos e uma bisneta, além de três enteadas e sete netos postiços.

Falecimentos do dia: clique aqui para ver a lista