Pelo Spotify, ele é do “Pop Leve” e “Divina MPB“. Para a Deezer, vai desde “Pôr do Sol na Praia” até “Amor Puro“. Com o lançamento do álbum “Serena Rebelião“, aos 21 anos, Nicolas Candido é destaque em playlists dos editores de streaming das plataformas mais populares no Brasil.
Não bastasse a ascensão digital desde o seu début em 2017, com o single “Dona dos Olhos“, o jovem artista curitibano, divulga seu primeiro álbum de estúdio, “Serena Rebelião“, e revela suas manifestações e inquietudes ao explorar outros sentidos para entender o amor em tempos de caos. E ainda, manter a calmaria ao gravar de forma remota, ao longo de quatro meses, 10 faixas, e lançar em meio à pandemia, um álbum onde a sonoridade da música brasileira está estampada desde o eletrônico ao orgânico, enaltecendo referências sonoras do samba, bossa nova, RAP e groove. (Foto: Divulgação)
“Serena Rebelião” chega com vários sotaques e mãos em sua produção musical, entre eles, Marcio Saugo, Eduardo Mangueman, Thiago Ramalho, João Taborda, Janluska e Rafael Skraba – rapper e um dos fundadores do premiado Estúdio 172 , e que, também, assina a produção executiva do álbum.
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Passando por Londres, São Paulo e Curitiba, o álbum conta com grandes nomes da música: Du Gomide (guitarra e pandeiro), Fred Keller (brushes), Paul Ralphes (programação de bateria, percussão e teclados), Felipe Bade (violão e guitarras), Alberto Continentino (baixo acústico), Lauro Ribeiro (trombone), Eduardo Ansay (guitarra), Márcio Rosa (percussão), Menandro Souza (trompete), Kadum (sax e flauta), Luis Rolim (percussão) e a participação do curitibano João de Macedo Mello – saxofonista que integra a banda do lendário David Gilmore.
Nicolas Candido não passa desapercebido pela cena da música brasileira. Embora, seu nome ainda resplandeça no cenário underground. O fato é, muito além das ruelas do centro histórico de Curitiba, o artista soma em suas plataformas digitais, números estrondosos. (Capa do álbum: Divulgação)
Muito além de CWB
Se hoje em dia, a cultura digital explicitou o quanto a música tem ditado a reformulação das redes sociais ao ápice de sua viés quanto commodity, Nicolas Candido é fruto desta nova era artística. São mais de 18 milhões de visualizações no YouTube e no TOP 10 das plataformas de streaming, “Serena Rebelião“, emplacou as faixas “Deusa da Vida“, “Pólen” e “Te Quero Bem“.
Não bastasse a audiência favorável com a estreia do seu primeiro álbum, na Deezer, ele é destaque em playlists da ONErpm, Sony Music Brasil e Filtr Brasil. Já no Spotify, são mais de 90 mil ouvintes mensais segundo os números da própria plataforma.
E vale ressaltar que, em 2020, quando lançou em parceria com a Sony Music Brasil, os singles, “Correr Atrás“, “Na Bad Me Liga“, “Amanheceu” “Assim do Nada” e “Não Sei Dizer“, foram mais de três milhões de streamings, em 82 países, e para lá dos 700 mil ouvintes.
Embora “Serena Rebelião” tenha ganhado forma em 2021, a história do álbum começa na Austrália, quando Nicolas fez intercâmbio e vislumbrou sua independência familiar ao desbravar ao longo de seis meses, os encantos da Oceania. “Nosso Lugar”, é a faixa onde ele eterniza as lembranças do pôr-do-sol australiano. Porém, foi com a música “Pólen” que o artista anunciou o pré-lançamento do seu álbum e pulverizou a nova fase da sua carreira.
“‘Serena Rebelião’ é um renascimento. Quero uma nova cara para o meu trabalho. Eu encontrei um meio termo entre o orgânico e o eletrônico. O Janluska é um dos produtores mais diferenciados com quem eu trabalhei“, elogia Nicolas Candido, por entrevista em vídeo, com exclusividade ao Música é o Canal, pela assessoria de imprensa da ONErpm.
Nicolas Candido conversou com o jornalista musical, Lucas Cabaña editor-chefe do Música é o Canal por aproximadamente 20 minutos e contou histórias sobre o desenvolvimento artístico de “Serena Rebelião” e como foi o processo de produção de algumas faixas. Nicolas Candido, revelou também, suas perspectivas sobre a cena musical curitibana, trabalhando com os principais artistas e produtores da atua geração da capital paranaense.
A inquietude benevolente de Nicolas
Em sua “Serena Rebelião“, a bossa nova está para o blues, assim como o pop flerta às possibilidades sonoras e influências brasileiras. Nicolas Candido impera sobre a poética romantizada do cotidiano explicitamente. A percussividade aliada aos elementos de sopro e a música eletrônica, promovem texturas e geram uma experiência contemplativa. Mas, ao mesmo tempo, é sagaz, sem rotular o álbum musicalmente, ou até mesmo definhar a sonoridade do próprio artista em sua estreia.
“Serena Rebelião” não é apenas o nome do álbum. Nicolas Candido é daqueles artistas atento aos sinais em sua volta. “Pólen” música de trabalho que ele optou para divulgar o álbum, chega com direção de clipe e roteiro por Lucas Baldasso com a produção em parceria com Ariane Miake. Em cena, além de Nicolas, o vídeo traz em seu elenco, Isabela Sandrini, Arthur Augustus, Gabriele Peroli e Yasmin Santos. A música, com produção de Janluska, é daquelas histórias que sintetizam a geniosidade por trás da produção.
“No final de 2020, eu estava em um momento extremamente silencioso. Eu ouvia apenas o meu coração e o Rafa Skraba que é meu grande irmão. E decidimos naquele período em gravar um álbum. Eu apresentei 25 músicas inicialmente. A única música do álbum que começou do zero, foi a ‘Pólem’. A história começa quando um amigo ia lançar uma marca de camisetas que se chamaria Pólem. Chamei o Janluska, e ele fez um beat em cima de uns vídeos. Assim que eu recebi o beat, veio a melodia, letra e combinou inteiramente com o álbum“, revela Nicolas em primeira mão ao Música é o Canal.
Gentilmente, via assessoria de imprensa, Nicolas Candido compartilhou com exclusividade, o vídeo em estúdio durante o processo de produção de “Pólem“, música que abre o álbum “Serena Rebelião” – assista!
“Serena Rebelião” é um álbum onde também é nítido o amadurecimento de Nicolas Candido em relação a sua própria voz. Se por um lado ele ficou em “silêncio para ouvir o coração“, por outro, a maturidade do coro feita pelo próprio artista está presente e se sente de maneira devota em faixas como “Vem Ver” – produção de Thiago Ramalho e João Taborda – e a composição de “Bahia (Cumuru)“, com produção musical do próprio Nicolas Candido em parceria com Rafael Skraba e Márcio Antônio Saugo – professor de violão de Nicolas desde os 10 anos de idade.
“Bahia (Cumuru)” é uma das músicas responsáveis por fazer, empiricamente, alusão ao nome do álbum. É serena e avassaladora ao mesmo tempo. Afinal, ela condensa histórias e experiências vivenciadas por Nicolas com a cultura popular afro-indígena em Cumuruxatiba – distrito do município de Prado, na Bahia, conhecido também por Cumuru.
“A Bahia é mágica. É diferente. Fui para Cumuru, que pra chegar, são 40 km de estrada de chão e até a comunidade indígena, são outros 110 km. A cultura indígena do povo Pataxó é muito forte. E ter conhecido um pouco desta vivência sobre a ancestralidade, foi muito mágico”, rememora.
Lançado apenas digitalmente, o álbum “Serena Rebelião” aponta os rumos sobre a atual fase da música além da segregada e famigerada indústria musical e o mainstream. Nicolas Candido faz sua estreia na discografia sabendo diferenciar as faces do atual mercado.
“Minha equipe falou para eu divulgar as músicas em single. Mas, o álbum é um livro fechado. Eu não criei expectativas, pois a realização dele em si já é enorme. A gente vive um momento de ascenção musical e artística em vários aspectos. Aqui em Curitiba, tem muitos artistas, e a própria cidade, por exemplo, está se redescobrindo. Eu vejo esse despertar, principalmente em músicas de outros artistas, falando sobre o fruto do amor desta união“, engrandece.
Agradecimentos especiais: ONErpm, Thiessa Torres (Public Relations Manager) e Mateus Aléo (Public Relations).