Quando ele começou a cantar “sobre o Sol”, os indícios estavam todos ali, bastava apenas observá-lo e dar o devido espaço que merecia. De lá pra cá, seis anos se passaram, e seu nome transita entre os mais diversos estilos musicais, mostrando o quanto a música brasileira está viva através de gente nova como ele. Estamos falando de Vitor Kley, que está cheio de novidades e de malas prontas para mostrar tudo em Curitiba.

No dia 17 de novembro (sexta-feira), Vitor Kley se apresenta pela primeira vez no Teatro Positivo. Os ingressos estão à venda a partir de R$ 60, de acordo com o setor. Mais detalhes abaixo.

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Foto: Divulgação.

Há uma semana, Vitor lançou a última parte de seu primeiro DVD ao vivo. A Bolha foi gravado em São Paulo e teve novas músicas, regravações de seus hits e convidados mais que especiais: Samuel Rosa, Jorge e Mateus, Priscilla Alcantara, L7nnon, Bruno Martini e Rick Bonadio.

À Banda B, Vitor contou que o DVD para aquele cantor de Porto Alegre, que começou em bares e tinha o sonho de mostrar seu som para o mundo, é um sonho.

“É a consagração de um ciclo muito maravilhoso vivido. Quando tu chega no DVD e tem aquelas 20 e tantas músicas e sente que a energia é unânime em todas, é uma história que está sendo bem escrita. A gente lançou Sol em 2017 e a gente veio a gravar o DVD em 2023 só, então é um longo tempo. É importante trabalhar a ansiedade, saber que na hora certa vai vir. O grande barato do DVD é olhar e sentir aquela atmosfera. É um encerramento de um ciclo, até mesmo do roxinho que foi uma cor que a gente escolheu para ambientar”. 

Os lançamentos foram separados em três partes, em respeito ao próprio trabalho do artista: Vitor se deu conta de que três músicas inéditas mereciam espaço. E foi aí que veio a ideia.

“A gente trabalhou dois singles antes de lançar a primeira parte, e acabou sobrando três músicas inéditas: O Dia de Amanhã, Mal te Conheço e Meu Quesito é Saber Viver. Essas três músicas iam ficar no meio de um álbum se lançasse o DVD inteiro, a distribuidora veio com a ideia de lançar uma parte com algumas músicas já conhecidas, e a inédita. Aí a parte dois com outra inédita e a parte três com outra inédita. Ficou legal que cada música inédita teve seu momento de atenção na hora de ser lançada. Agora já tá tudo junto num só, um álbum inteiro, que eu fiz questão de ter porque eu gosto disso”. 

Encerrar um ciclo e ver o material completo, para Vitor, é também outro momento de grande satisfação, muito esperado por ele. 

“A analogia que eu poderia fazer é quando você está vendo um filme animal, que passou por vários estágios, do início, do aprendizado, dos erros, dos acertos até o momento que as coisas vão crescendo e tu olha e fala “opa, a história tem que acabar aqui para se começar uma nova, um novo momento”. Sinto que é meio que isso. A Bolha trouxe várias coisas especiais pra gente, foi indicado ao Grammy Latino, até a cor da roupa me trouxe também, que é o roxo. Mas agora estamos começando a explorar novos horizontes. Estamos entrando nos últimos capítulos, que vai ser a turnê com mais alguns meses, e depois algo novo vai vir, um novo ciclo há de começar”.

Trânsito livre

Vitor é um dos nomes da música atual que tem trânsito livre: consegue dialogar com seu público, mas também se permite – e o faz muito bem, inclusive – se abrir às parcerias. Isso, para ele, é algo muito genuíno, pois faz com que a música só aumente seu potencial.

“Tudo no nosso trabalho é muito verdadeiro, a gente está ali realmente feliz gravando com as pessoas que a gente grava. Tem uma conexão, você olha e fala ‘queria gravar com essa pessoa”. Todos que eu fiz viraram grandes amigos, e isso também é uma coisa muito bonita. Outro lado da parada também são os feats que eu fiz que as pessoas nem imaginavam que iria rolar, tipo Jorge e Mateus e L7. Por mais que tenha sido uma ideia maluca, quando a música acontece, senti que parecia que era óbvio. A música conectou a gente. E a matéria prima é a música. Se você imagina uma pessoa, no mínimo tu tem que tentar. O que amplifica o som a gente colaborar também, porque o público que não ouvia minhas músicas pode passar a ouvir, as pessoas que ouviam minha música podem passar a ouvir o outro também. E a gente tá precisando de uma união, quebrar barreiras, olhar para o outro e falar ‘vamos caminhar juntos’. Sem contar o que tu aprende com essas outras pessoas, colaborando”.

Além de mostrar o quanto pode transitar pelos mais diversos estilos, estar aberto a essas possibilidades também dá a Vitor Kley outro ponto de vista: a falta do preconceito musical/artístico.

“Eu acho que a música não existe só para um público escutar, não existe um botão que tu aperta e fala ‘ah, esse público não vai escutar minha música’. Isso não existe e a vida é assim, a gente agrega um para o outro em colunas que às vezes nem são visíveis. As pessoas estão sempre muito acostumadas a julgar alguém, e pelo contrário, eu quero ver, eu quero entender e quebrar barreiras para que todo mundo possa viver em harmonia”.

Veja a entrevista completa com Vitor Kley:

Música como mensagem

As canções de Vitor Kley acabaram conhecidas por possuírem letras inspiradoras e positivas. Para ele, a sensação é de que essa seja sua principal missão enquanto artista, no sentido de oferecer conforto e alegria para o grande público.

“Sinto que é uma missão, primeiro me faz muito bem, me sinto muito bem de ouvir a obra. Olho pra trás e me orgulho muito do que foi feito, não só por mim, mas por toda a equipe envolvida, os amigos, os familiares. Tu vê pessoas de várias ondas, mas surfando no mesmo mar. No show está todo mundo junto, uma pessoa diferente da outra, mas elas estão juntas ali”. 

A mensagem fica ainda mais clara no palco. Rodar o país com seu show mais atual, que leva o nome do DVD lançado recentemente, o faz ver o quanto todo mundo se envolve.

“O show é como se fosse um filme mesmo, e tocamos todas as músicas, as mais conhecidas, as músicas que a gente gosta muito que têm mensagens, as que saíram com o DVD também. O objetivo é passar coisas boas para as pessoas e que elas saiam melhores”. 

Com o DVD lançado por completo, o show em Curitiba promete novidades. Mas Vitor revela também que pode ser uma oportunidade única para os fãs da cidade.

“Decidimos botar tudo que a gente já sabe que funciona e juntar com as coisas novas que vieram do DVD. Mas é o último ciclo da Bolha, então talvez seja um dos últimos shows, em Curitiba, dessa turnê. O roxinho, essa cor tão especial, está em reta final, então aproveitem muito esse momento”. 

Vitor Kley em Curitiba

Estar em Curitiba, para o cantor que é do Sul do Brasil, é também motivo de ansiedade. Isso porque Vitor Kley não vem há alguns anos pra cá, ainda mais num espaço tão grande, com um show só dele.

“Estou muito ansioso para tocar em Curitiba, é uma praça que a gente tocou há muito tempo, e sinto que as pessoas ou gostam ou não gostam. Nunca toquei no Teatro Positivo, sei que é muito importante, mega grande, e nunca fomos com essa turnê em Curitiba, então estou muito ansioso”.

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Foto: Divulgação.

Serviço

Vitor Kley em Curitiba
Quando: sexta-feira, 17 de novembro de 2023
Onde: Teatro Positivo (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido, Curitiba)
Quanto: ingressos a partir de R$ 60 (meia-entrada), de acordo com o setor. Venda pelo Disk-Ingressos.

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Celebrando lançamento de primeiro DVD, Vitor Kley traz show a Curitiba: ‘Muito ansioso’; veja entrevista

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