O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu, nesta quinta-feira (20), que Cristiana Brittes irá responder pela morte do jogador Daniel Corrêa Freitas no Tribunal do Júri de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. No ano passado, a mulher de Edison Brittes tinha ficado de fora da lista dos réus que iriam a júri popular pelo crime de homicídio por decisão da juíza Luciani Regina Martins de Paula.

A decisão foi revertida pelo TJ após apelação criminal do assistente de acusação e do Ministério Público. O advogado de defesa da família Brittes, Cláudio Dalledone Júnior, disse em entrevista à Banda B que irá recorrer. “Nós respeitamos, mas iremos recorrer já que contraria a posição do próprio Ministério Público de 2º grau e a pacífica jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, entre outras imperfeições que enxergamos nessa decisão. Nós temos aí, por exemplo, a ausência de intimação de todas as outras defesas, então isso tudo não tem como se consagrar”, disse o advogado.

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Outra determinação dos desembargadores da 1ª Câmara Criminal do TJ foi a retirada do crime de fraude processual para os réus Edison Brittes, David Willian Vollero Silva, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King. Evellyn Brisola Perusso que responde unicamente por este crime não teve o recurso julgado e responde pela acusação em separado.

“Um caso de muita repercussão e isso influenciou na decisão dos desembargadores. Tem muita coisa pra acontecer ainda, o processo está muito longe de estar pronto para ir a julgamento no plenário do Tribunal do Júri”, acrescentou Dalledone.

O assistente de acusação, Nilton Ribeiro, afirmou à Banda B que a decisão do colegiado corrige um equívoco. “Hoje foi corrigido um equívoco, com o máximo respeito, determinando que a Cristiana seja julgada pelo Tribunal do Júri. A defesa da família do Daniel vê isso como uma correção de rumos, se colocou novamente nos trilhos esse caso, e ela vai acompanhar todos os outros no banco dos réus”, disse Ribeiro.

Cristiana Brittes responde agora por homicídio qualificado pelo motivo torpe, além de corrupção de menor, coação do curso do processo e fraude processual.

Caso Daniel

Segundo a denúncia do MP-PR, o jogador Daniel Correa Freitas participava das comemorações de aniversário da filha de Edison, Allana Brittes, que havia completado 18 anos. Após passar a noite em uma casa noturna do bairro Batel, Daniel foi convidado para um ‘after’ na casa da família Brittes, onde o crime aconteceu.

Edison Brittes confessa a morte de Daniel e afirma que tomou a medida extrema após encontrar Daniel na cama com Cristiana. O jogador então foi brutalmente espancado e levado no porta-malas de um Veloster até a Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais, onde foi morto com um corte no pescoço e o pênis decepado.

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Tribunal de Justiça decide que Cristiana Brittes irá a júri popular pela morte de Daniel

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