Maringá foi a cidade melhor colocada em limpeza urbana – Foto: Prefeitura Maringá

Entre as cidades com mais de 250 mil habitantes, Maringá é a cidade que obteve o maior índice na segunda edição do Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana (ISLU), elaborado pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur) e pela PwC Brasil. A cidade obteve nota 0,744, sendo que a média estadual é 0,669. Outros exemplos de cidades paranaenses com resultados acima da média foram São José dos Pinhais (0,722) e Londrina (0,718). A capital, Curitiba, também ficou acima da média, com 0,706.

“O Paraná é um dos estados que investem em educação ambiental há pelo menos três décadas e continuamente realiza esforços de conscientização popular, o que ajuda a explicar os seus indicadores”, diz Federico A. Servideo, sócio da PwC Brasil. Mais uma vez, a Região Metropolitana de Curitiba obteve resultados acima da média: como Piraquara (0,716), Fazenda Rio Grande (0,715), Campo Largo (0,701) e Araucária (0,7).

O número de municípios analisados pelo ISLU aumentou nesta segunda edição, de 1.729 para 3.049. No Paraná, o número foi de 167 para 287. “Trata-se de um fato muito positivo”, diz Servideo. “Quanto maior a adesão dos municípios, mais útil e relevante se torna o ISLU.” É importante ressaltar que, por conta da diferença dos municípios analisados, não é possível fazer comparações de médias do país ou de estados, já que a amostra é diferente.

Na edição deste ano, os estados do Sul, liderados por Santa Catarina e Paraná, obtiveram a melhor pontuação no estudo, com 70% dos munícipios entre os 50 mais bem colocados no levantamento, seguida pelo Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

Resultados

O estudo mostra que 70% dos munícipios com arrecadação específica para a gestão de lixo encaminham seus resíduos para aterros sanitários, considerado a destinação mais apropriada. Nas localidades sem arrecadação específica, o índice é de 28%. O estudo também revela que, nos munícipios com arrecadação específica, o índice de reciclagem de lixo é o dobro (6%) daqueles onde não há a cobrança específica para a gestão de resíduos sólidos.

As cidades que contam com planos de gestão integrada de limpeza urbana também apresentam desempenho melhor. Segundo o ISLU, 75% dos munícipios com esse tipo de plano e arrecadação específica dispõem o lixo em aterros sanitários, ante 24% daqueles sem arrecadação e planejamento de sustentabilidade. “Os dados apresentados revelam a importância da sustentabilidade operacional e financeira para a viabilização da destinação adequada dos resíduos sólidos”, diz Marcio Matheus, presidente do Selur. “O ISLU também traz uma série de análises e parâmetros para que gestores públicos e privados de limpeza urbana possam tornar o ambiente das cidades mais adequado e sustentável”.

O estudo tem como objetivo mapear o cumprimento das recomendações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Os dados utilizados foram coletados na última base disponibilizada pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) referente ao ano de 2015. O ISLU avalia a limpeza urbana nos municípios e o grau de cumprimento das normas estabelecidas pelo PNRS, com uma pontuação que varia de zero a um.

Para chegar aos resultados, quatro dimensões são levadas em consideração: Engajamento do Município (população atendida versus população total); Sustentabilidade Financeira (impacto da arrecadação específica); Recuperação dos Recursos Coletados (material reciclável recuperado sobre total coletado); e, por fim, Impacto Ambiental (quantidade destinada incorretamente sobre a população atendida).

Demais regiões

As cidades paulistas, como Santos, Sorocaba, Campinas, Santo André e São Bernardo do Campo têm resultados que as colocam entre as 20 primeiras posições do ranking entre as cidades com mais de 250 mil habitantes. A capital paulista figura na 50ª posição entre os municípios com mais de 250 mil habitantes. Brasília, por sua vez, está entre as cidades com pior desempenho. O Distrito Federal possui o segundo maior lixão da América Latina. O aterro começou a ser desativado recentemente – a previsão é que o processo seja concluído até 2018. A iniciativa poderá colaborar para a diminuição do passivo ambiental da capital.

Os munícipios da região norte ocupam as 20 últimas posições do ranking do ISLU entre os municípios com mais de 250 mil habitantes. Capitais como Manaus, no Amazonas, Rio Branco, no Acre, Porto Velho, em Roraima e Teresina, no Piauí, obtiveram algumas das menores pontuações. Um dos principais motivos é a coleta de resíduos. “O estudo revela tanto os avanços realizados pelas cidades no que diz respeito à limpeza urbana e sustentabilidade quanto lança luz sobre o caminho que ainda precisa ser percorrido”, diz Matheus.

 

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