(Foto: Djalma Malaquias – Banda B)

 

O motorista da caminhonete envolvida na morte do motociclista Ronaldo Monteiro Batista, na última sexta-feira (12), em Curitiba, se apresentou à Polícia Civil na tarde deste domingo (14). O empresário Diego Farias Bueno, que é dono de um bar na capital, foi até a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) acompanhado do advogado.

No local, ele não falou com a imprensa, mas a defesa afirmou que Bueno está “em estado de choque e muito preocupado”. “Ele quer colaborar com a Justiça e se colocar à disposição para esclarecer tudo”, disse o advogado Fernando Dissenha, que representa o empresário, em entrevista à Banda B.

O músico Ronaldo Batista morreu após ser atingido pela caminhonete no cruzamento das ruas Desembargador Westphalen e Almirante Gonçalves. (Foto: Reprodução/Facebook)

Segundo ele, Bueno fugiu do local após o acidente porque ficou com medo de ser preso, por estar com a carteira de habilitação suspensa. “Ele estava com problemas, fazendo o curso de reciclagem, e por isso não parou depois da batida. Ele também não imaginava que o acidente tivesse sido tão grave”, completou.

Dissenha ainda descreveu como foi o acidente, segundo a versão do cliente. “Ele falou que parou na preferencial antes de passar e não sabe como a moto chegou a bater na caminhonete. Não foi um caso de ter furado a preferencial”, afirmou.

Além do motorista, outras duas pessoas estavam no veículo. Elas também serão chamadas para prestar esclarecimentos sobre o caso. “Eu não posso informar de onde eles estavam vindo na hora do acidente, mas sei que Bueno não havia bebido”, finalizou o advogado.

Investigações

De acordo com o delegado Anderson Franco, da Dedetran, Bueno confessou à polícia que era o condutor da caminhonete. “Ele alegou que avistou a preferencial, parou e viu a moto, mas pensou que dava tempo de passar. O empresário alegou que fugiu com medo de ser preso por estar sem a carteira. A princípio, tudo indica que ele deve responder por homicídio, agravado pela omissão de socorro e por estar dirigindo com a habilitação suspensa”.

Bueno foi liberado após o depoimento porque não estava em situação de flagrante, como exige a lei. “Ele se apresentou e trouxe a caminhonete para ser periciada. Ela foi apreendida e os peritos devem confirmar se as peças encontradas no local do acidente pertencem ao veículo”, concluiu Franco.

A Polícia Civil continua a investigar o caso.

O acidente

O músico Ronaldo Monteiro Batista, de 41 anos, voltava para casa de motocicleta na madrugada de sexta-feira quando uma caminhonete o atingiu no cruzamento das ruas Desembargador Westphalen e Almirante Gonçalves, no bairro Rebouças, em Curitiba.

O condutor do veículo fugiu sem prestar atendimento à vítima, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.  A morte de Ronaldo, que era bastante conhecido no cenário musical de Curitiba, gerou muita comoção nas redes sociais. Amigos, parentes e conhecidos prestaram as suas homenagens.

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Motorista envolvido em morte de músico se entrega e diz que fugiu porque estava sem CNH

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