Foto: Colaboração/Banda B

 

“Para mim, não tem obstáculo. Muita gente duvidou e duvidam até hoje. O céu é o limite”,  disse com emoção Thalita dos Santos Bueno, de 25 anos. Ela é cadeirante e tem paralisia cerebral. Também um exemplo de superação. Mesmo com todas as limitações, percorreu dez quilômetros, do centro de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, até a faculdade, por quatro anos.

“Não sou uma pessoa que desiste fácil do que quer”, disse Thalita (Foto: Colaboração/Banda B)

“Sempre foi um sonho iniciar uma faculdade. Era raro quando pegava um ônibus bom para ir à faculdade. É local que não tem rampa. Ia para a aula todos os dias, embaixo de chuva, de sol, enfrentando a maldade das pessoas, os perigos”, relatou Thalita.

Ela conseguiu realizar o sonho de tanta gente, que é concluir um curso universitário: Thalita se formou em administração. “Acho que foi Deus. Não sou uma pessoa que desiste fácil do que quer. Estou em uma cadeira de rodas, mas não me faço de coitada. Tem que viver a vida, apesar de tudo, tem gente pior que nós. Tem que superar”, expressou.

Thalita ainda contou que pretende continuar os estudos. Depois que receber o diploma, que será entregue pela diretora geral da faculdade, ela quer iniciar uma pós-graduação e trabalhar na área.

“Não vou parar. Também quero tirar minha carteira de habilitação, fazer outra faculdade de pedagogia e trabalhar com a inclusão de crianças especiais”, explicou.

Agora, para comemorar, planeja uma festa de formatura, mas esbarra na questão financeira. “Fiz uma lista. Dos orçamentos que fiz, um lugar me pediu R$ 9 mil, outro quase R$ 10 mil, outro R$ 5,700 e o outro pediu R$ 8,900. Estou fazendo rifa e vendendo minha cadeira antiga motorizada para atingir a meta mais rápido”, contou.

Vamos ajudar a Thalita?

Reprodução

Thalita fez uma publicação nas redes sociais em que ela divulga uma rifa de um relógio. Além disso, ela explicou que a mãe e avó ajudam ela, entretanto, as duas são donas de casa. “Minha avó ganha R$ 500 por mês. Minha mãe sofreu um pequeno acidente, está hospitalizada e era ela quem me ajudava, mas agora está complicado”, lamentou.

Qualquer ajuda pode ser encaminhada diretamente para a Thalita na rua Major Sezino Pereira de Souza, número 615, centro de Araucária ou pelo telefone 41 99949-2133.

Comunicar erro

Comunique a redação sobre erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página.

Cadeirante com paralisia se forma em administração e busca ajuda para fazer formatura

OBS: o título e link da página são enviados diretamente para a nossa equipe.