...Depois, recobertas de barro

…Depois, recobertas de barro

Eles estão na faixa dos 20 aos 35 anos. A maior parte deles tem nível universitário. São daqui e de outros estados. E escolheram a região litorânea do Paraná para colocar em prática uma filosofia de vida toda em sintonia com a natureza. Na área rural do município de Morretes, por exemplo, já existem pelo menos cinco comunidades desses jovens defensores da agroecologia e dos saberes de outrora.

Das suas propriedades, querem tirar a própria subsistência – com alimentos livres de agrotóxicos –, e também renda; porém, sem agredir bens preciosos: a flora e fauna da Mata Atlântica, o solo fértil e a água abundante.

BIOCONSTRUÇÃO

Numa dessas comunidades em implantação, oito casais – entre eles, paranaenses, mineiros e paulistas – alternam o trabalho na roça com a construção de suas moradias e outras tarefas de fim comum.

Em regime de mutirão, as casas estão sendo erguidas dentro do conceito da bioconstrução. Aproveitando bambu, madeira local, areia e barro, experimentam com sucesso técnicas aperfeiçoadas de pau-a-pique e adobe.

Nos alicerces, pneus descartados. E para entrada de luz, além de janelas, paredes estruturadas com garrafas de vidro coloridas, numa agradável e funcional estética.

Moradias integradas ao meio

Moradias integradas ao meio

Plantio conforme propõe a agroecologia

Plantio conforme propõe a agroecologia

AGROECOLOGIA

Nas áreas abertas ao cultivo, especificamente nessa nova comunidade de Morretes, aos pés da Serra do Mar, prevalece a proposta de agroecologia.

Num mesmo canteiro, sucedem-se mudas de verduras, legumes, árvores frutíferas e até de espécies de madeira nobre e crescimento lento (aposentadoria do futuro). A renda da propriedade ainda resultará da venda de palmito pupunha in natura e da poupa de araçá e de açaí, esse, das palmeiras da região, asseguram, mais nutritivo em comparação ao extraído no norte do país.

No eixo dessa volta às origens, mas com olhar para um futuro saudável e menos estressante, são adotados o escambo – quem produz feijão troca por tomate, exemplificando –, métodos apropriados de manejo da terra, técnicas de agricultura orgânica, respeito total à natureza, trabalho compartilhado…

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Jovens universitários vivem e defendem agroecologia no litoral

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