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JOSEJosé Dirceu preso na 17º fase da Operação Lava-Jato. Foto: Reprodução TV Globo

Durante a entrevista coletiva que aconteceu em Curitiba há pouco, o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou que o ex-ministro José Dirceu seria o ‘instituidor’ do esquema da Petrobrás desde o tempo da Casa Civil. “Ele era o responsável do esquema de pagamento de valores sistematizados e mensais”, disse. Já o delegado da Polícia Federal, Márcio Adriano Anselmo, disse que ainda não há contabilizado o montante recebido pelo ex-ministro. Dirceu foi preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira (3). Cerca de 200 policiais federais cumprem 40 mandados judiciais, sendo 26 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária e seis mandados de condução coercitiva, em Brasília e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Foram decretadas ainda, a partir de representação da autoridade policial que preside os inquéritos policiais, medidas de sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros.

O procurador disse ter indicativos de que o esquema vem desde o tempo em que José Dirceu era ministro da Casa Civil e “passou pelo mensalão” e afirmou “não ter dúvidas de que a empresa de José Dirceu e ele, pessoalmente, receberam propinas”.

Segundo a denúncia, Dirceu movimentou dentro da sua empres, a JD Consultoria, R$ 71,4 milhões desde 2007. Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu e sócio da empresa também foi preso, em Ribeirão Preto. O ex-assessor do petista, Roberto Marques, também foi detido. As movimentações aconteceram mesmo após Dirceu ter sido condenado no processo do Mensalão do PT. A justificativa das prisões é que teriam sido usados laranjas para realizar operações ilegais, mesmo após a realização das primeiras fases da Lava-Jato. Dirceu estava cumprindo prisão domiciliar em Brasília, onde foi preso. Ele ganhou esse benefício em outubro de 2014, após ficar preso na Penitenciária da Papuda.

O jornalista de um site de política, Leonardo Attuch do Brasil 247, está sendo investigado, porém sem prisão, nem apreensão decretada. Segundo as investigações, ele teria recebido uma quantia de políticos ligados ao esquema. A denúncia está sob investigação.

A operação foi batizada de Pixuleco, em alusão ao termo utilizado para nominar propina recebida de contratos. Esta fase da operação se concentra no cumprimento de medidas cautelares em relação a pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o Poder Público, alcançando beneficiários finais e “laranjas” utilizados nas transações. Entre os crimes investigados estão: corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Os presos serão trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição do juízo da 13ª Vara da Justiça Federal.

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