Por Marina Sequinel e Luiz Henrique de Oliveira

Com dinheiro da Copel, funcionária comprou TVs, fogão, geladeira e outros eletrodomésticos. (Foto: Sesp)

Presa na última terça-feira (4), a funcionária da Companhia Paranaense de Energia (Copel), de 38 anos, alegou à polícia que resolveu aplicar os golpes contra a empresa depois que foi diagnosticada com leucemia. Segundo a suspeita, que não teve o nome divulgado, o médico disse que ela só tinha mais um ano de vida.

Desesperada, ela resolveu desviar dinheiro para ajudar a mãe, que está acamada há 13 anos, devido a um derrame. De acordo com a Polícia Civil, o depoimento da funcionária, no entanto, ainda não foi comprovado com documentos ou prontuário médico. “A suspeita afirmou que ficou preocupada e queria dar conforto para a mãe antes da morte. Então, ela começou a comprar várias coisas, aparelhos domésticos, cama, sofá… Ela montou uma casa inteira e quitou um lote”, contou o delegado Gustavo Mendes de Brito, responsável pelo caso, em entrevista à Banda B.

Além disso, a funcionária chegou a pagar uma construtora para fazer um sobrado e a família sair do aluguel. “Nós não sabemos se a alegação dela é verídica ou não. Também não temos certeza se a defesa vai apresentar algo nesse sentido, mas para nós isso é irrelevante. O fato de ela estar doente não justifica os crimes que cometeu”, completou.

Segundo ele, a funcionária acreditava que, se fosse descoberta pela polícia, já estaria morta, considerando a previsão de vida dada pelo médico. “Ela era vista pelos colegas como uma trabalhadora exemplar e correta, com um cargo de confiança. Ninguém desconfiava”, finalizou.

Como ela agia

A funcionária aproveitava da confiança que tinha na empresa, no departamento que cuidava dos pagamentos, para inserir o código de barras dos boletos das compras pessoais na fatura da Copel, que pagava as contas.

O desvio descoberto pela polícia passa dos R$ 500 mil. Entre os bens adquiridos estão um carro de R$ 128 mil (que seria usado para garantir a faculdade da filha de 13 anos, segundo a suspeita), um lote de R$ 94 mil e um pagamento adiantado a uma construtora no valor de R$ 268 mil. Além de inúmeros eletrodomésticos como, geladeira, TVs e fogão.

A mulher estava na empresa há 13 anos, era concursada e ganhava cerca de R$ 4 mil por mês.

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Funcionária da Copel diz que resolveu aplicar golpes após descobrir que tinha poucos meses de vida

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