Por Marina Sequinel e Flávia Barros

Renata morreu em setembro de 2015, depois de cair de prédio onde morava. (Foto: Reprodução/Facebook)

A empresária Tina Gabriel prepara para os próximos meses uma campanha fotográfica contra a violência doméstica. Ela é irmã da fisiculturista Renata Muggiati, que morreu em setembro de 2015 depois de cair do 31º andar do prédio onde vivia, em Curitiba. O principal suspeito é o ex-namorado da vítima, o médico Raphael Suss Marques, que chegou a ser preso recentemente pela agressão a outra ex-companheira.

Judoca Rafael Silva, o “Baby”, participou de ensaio nesta quarta. (Foto: Tina Gabriel)

Inspirada no caso da irmã, Tina decidiu fazer uma campanha com homens considerados grandes personalidades do país vestindo a camisa contra a violência doméstica. Nesta quarta-feira (31), o judoca Rafael Silva (o “Baby”), medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres e do Brasil, desembarcou na capital paranaense para participar da iniciativa.

“O Rafael Silva veio agregar valor a nossa campanha hoje. A ideia é usar os homens, que são os causadores da violência contra as mulheres, para mostrar que nem todos são agressivos e violentos. Pelo contrário, sabemos que muitos contribuem com amizade, coragem e carinho. Além disso, nós queremos também conscientizar as vítimas de que elas não são culpadas pelo mal que sofrem”, disse a empresária em entrevista à Banda B.

Para o judoca, foi um privilégio participar da ação. “É importante usar a visibilidade que o esporte me proporcionou para combater a violência doméstica, que é tanto física quanto psicológica. Essa causa precisa ser colocada às vistas da sociedade, para que todos entendam que podem ajudar alguém que está nessa situação. Nós temos que cuidar das nossas mulheres”, afirmou Rafael Silva.

Além de atletas, devem participar da campanha personalidades das áreas de comunicação, política, direito e do mundo dos negócios. A exposição deve ser lançada em um grande shopping de Curitiba no mês de setembro, justamente quando a morte de Renata completará dois anos.

O caso

Renata Muggiati morreu no dia 12 de setembro de 2015 após cair do 31° andar do prédio onde vivia. Inicialmente o caso foi tratado como suicídio, mas novos fatos apontaram para a possibilidade de um crime. No dia 25 do mesmo mês, a Justiça do Paraná decretou a prisão temporária do namorado da fisiculturista. O Instituto Médico Legal indicou que a morte de Renata aconteceu por asfixia e não pela queda. Desde o início, o ex-namorado nega as acusações.

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Com participação de personalidades masculinas, irmã de Muggiati faz campanha contra violência doméstica

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