Da SMCS

Equipes da Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente percorreram os terminais de ônibus do Campo Comprido e da Fazendinha na tarde desta quinta-feira (20) para monitorar os cães que vivem nestes locais. Os animais tiveram sangue coletado para exames laboratoriais e receberam medicamentos para controle de pulgas e de endoparasitas, além de coleiras com identificação. A ação faz parte do projeto Cães Comunitários, da Prefeitura de Curitiba.

cachorrosterminaisFoto: SMCS

Atualmente, 30 cães que vivem em 13 terminais da cidade são monitorados constantemente por veterinários da Rede. “No ano passado, o número de cães era maior porque, após receberem tratamento, vários cães acabaram sendo adotados por famílias curitibanas, o que mostra a eficácia do projeto”, disse o zootecnista Edson Evaristo, da Divisão de Monitoramento e de Proteção Animal da Secretaria.

Em 2013, quando o projeto teve início, 43 cães de rua que viviam nos terminais de ônibus foram identificados com microchips, castrados e vacinados. Destes, 13 foram adotados. “Após serem castrados e receberem tratamento, eles se tornam mais atraentes para a adoção, o que é ótimo”, disse Evaristo.

De acordo com o projeto, cada Cão Comunitário tem um mantenedor voluntário, numa parceria de co-responsabilidade com a população. O mantenedor é responsável pelo fornecimento de água e alimentação, pela vistoria diária do animal e também por informar aos veterinários da Rede sobre qualquer problema de saúde do cão.

O porteiro do terminal do Campo Comprido, José Carlos da Silva Neto, que trabalha há quatro anos no local, conta que ali há dois cães comunitários, conhecidos como Roberval e Nibi. “Quando comecei a trabalhar aqui, eles já estavam no terminal”, informou. “Antes, os animais eram alimentados por funcionários e comerciantes, mas agora, com a ação da Prefeitura, tudo ficou mais organizado e os animais se tornaram mais dóceis, além estarem vacinados e castrados”.

Projeto de pesquisa

Com recursos de R$ 200 mil, aprovados pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, o projeto Cães Comunitários tem caráter de pesquisa e é uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A meta é incluir no projeto todos os cães que moram nos 22 terminais de ônibus da cidade, geralmente alimentados e mantidos por funcionários e usuários dos equipamentos ou pela comunidade local.

O diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alexander Biondo, conta que em várias cidades no mundo os cães e gatos comunitários são atendidos pelo poder público. “Eles passam a fazem parte da fauna urbana e contam com a ajuda e simpatia da população e dos turistas”, explica.

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Cães que vivem em terminais de ônibus recebem tratamento médico

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