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greve onibus8Greve nos ônibus pode acontecer nesta terça-feira – Foto: Luiz Costa – SMCS

A audiência no Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) que acontece entre a Urbs, Comec, representantes das empresas de transporte coletivo e motoristas e cobradores deve terminar apenas no período da tarde. A reunião iniciou pouco depois das 10 horas desta segunda-feira (30) e até o meio dia o impasse sobre o valores do 13º salário aos trabalhadores ainda permanecia.

De acordo com a assessoria do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), as partes envolvidas ainda não tinham entrado em comum acordo e nenhuma solução havia sido levantada. Essa audiência tenta evitar a paralisação e também encontrar uma saída para as ameaças feitas pelas empresas na semana passada de não honrar o pagamento do 13º salário e ainda demitir 2 mil trabalhadores. A greve está marcada para começar à zero hora de amanhã.

Esta situação de falta de recursos estaria ocorrendo, segundo as empresas, por culpa da Urbs que não estaria cumprindo os contratos e fazendo os repasses necessários, além de estar segurando o valor da tarifa técnica. A Urbs adota hoje uma tarifa técnica de R$ 3,21, enquanto as empresas querem no mínimo R$ 3,40.

A Urbs notificou na sexta-feira as empresas, exigindo explicações sobre a informação de não quitamento da parcela do 13º e da possibilidade de demissão em massa.

Na sexta-feira (27), o presidente da Urbs, Roberto Gregório, declarou que as empresas de ônibus estão “usando os trabalhadores” como instrumento de pressão na negociação da tarifa técnica. No domingo (29), as empresas responderam, por meio de uma nota, que “repudiam” as declarações e que a atitude dificulta as negociações.

O Sindimoc deve entrar com ações judiciais na esfera da Fazenda Pública visando abrir a planilha do transporte coletivo, incluindo todos os custos de operação por parte das empresas.

O presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, relatou que a categoria está perplexa e indignada. “Não permitiremos que ilegalidades sejam cometidas contra os trabalhadores. O risco da atividade laboral não pode ser repassada aos funcionários, fazemos nossa parte, que é trabalhar, e exigimos receber o que nos é devido, ou seja, nossos salários e direitos garantidos por Lei”.

Segundo a Lei Federal 4.749/65, a primeira parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 30 de novembro. Decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) também dão entendimento da ilegalidade das demissões em massa, de acordo com o Sindimoc.

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Audiência no MPT que define greve de ônibus deve terminar à tarde; impasse permanece

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