Redação

Cerca de 3,2 mil pessoas furam catracas dos ônibus do transporte público em Curitiba todos os dias. Esse é o levantamento feito pelas empresas de ônibus que mapeou locais mais invadidos e assaltados da cidade. O prejuízo do sistema é de cerca de R$ 10 mil por dia ou R$ 300 mil por mês ou R$ 3,6 milhões por ano. Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (5), o diretor-executivo das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana, Luiz Alberto Lenz César, disse o objetivo do levamento é auxiliar a segurança pública do Estado.

“Os dados são alarmante. Isso contribui com a lotação dos ônibus e causa insegurança aos nossos passageiros e colaboradores. Entendemos a dificuldade da segurança pública e mapeamos, por meio de 1,1 mil colaboradores, esse levantamento para auxiliar a quem possa”, disse o diretor-executivo.

A estação-tubo Passeio Público, no sentido Terminal Santa Cândida, registra o maior número de invasões: em média, 208 por dia. Essa estação-tubo também ocupa o oitavo lugar no ranking das mais invadidas, com 50 por dia, no sentido Terminal Capão Raso. No total, em média, 258 pessoas furam a catraca por dia só na estação-tubo Passeio Público.

No entanto, quando se compara o número de pessoas transportadas com o total de invasões, a estação-tubo Barigui lidera o ranking. No sentido bairro, 40% dos passageiros transportados furam a catraca e no sentido centro, 27%.

De acordo com a pesquisa, 22% das invasões ocorrem das 13h às 17h30; 17% das 17h30 às 19h30; 16% das 11h às 13h; 15% das 19h30 às 22h; 12% das 5h às 8h; 11% das 22h à 0h30; e 7% das 8h às 11h.

O levantamento mostra, ainda, que 49% das invasões são feitas por gangues/vândalos, 21% por estudantes, 12% por usuários, 6% por torcedores e 12% por outras pessoas que não se encaixam nas classificações citadas.

Nos terminais, o número de invasão é baixo em razão de uma série de medidas de segurança nesses postos de cobrança, entre elas fiscalização da Urbanização de Curitiba (Urbs), controladores de acesso, vigilantes privados e ronda mais constante da Guarda Municipal e Polícia Militar.

Aliás, as Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana já mantêm um canal de diálogo constante com esses dois órgãos de segurança. “Trabalhamos em conjunto e já avançamos bastante. Mas, como mostram os números, ainda temos um longo caminho a percorrer”, afirma Lenz César.

A pesquisa foi realizada em todos os 359 postos de cobrança de 19 a 23 de agosto de 2015, em período integral de operação. Participaram da ação 1.100 colaboradores das 11 empresas consorciadas Marechal, Tamandaré, Glória, Santo Antônio, CCD, São José, Redentor, Expresso Azul, Araucária, Mercês e Cidade Sorriso.

“Esse levantamento é uma contribuição das empresas de ônibus no sentido de coibir as invasões, uma vez que, com o mapeamento dos postos (de cobrança) mais invadidos, os órgãos competentes possam agir preventivamente”, diz Lenz César.

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Mais de 3 mil furam catracas todos os dias em Curitiba e prejuízo alcança R$ 300 mil/mês

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