Por Pedro Melo 

Eduardo Baptista assume após Paulo Autuori se tornar dirigente do Atlético. (Monique Vilela/Banda B)

Menos de um mês depois de ser demitido do Palmeiras, o técnico Eduardo Baptista assumiu o comando do Atlético após a decisão de Paulo Autuori de se tornar gerente de futebol. O filho de Nelsinho Baptista foi uma indicação do agora novo dirigente e chega como um dos principais nomes da nova geração de treinadores brasileiros.

Aos 45 anos, o novo comandante atleticano tem uma carreira curta na função, mas já foi protagonista em dois títulos com o Sport, seu primeiro clube. Eduardo Baptista trabalhava como preparador física desde 1998, mas em 2014, recebeu sua primeira oportunidade como treinador interino no Sport e logo conquistou o Campeonato Pernambucano e Copa do Nordeste.

Baptista foi efetivado como treinador e não conseguiu fazer uma boa campanha no Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, que o técnico levou o Sport a liderança durante cinco rodadas, mas não conseguiu repetir os resultados na sequência do Brasileiro. Depois de 127 partidas, ele deixou o time nordestino e se transferiu para o Fluminense.

No Tricolor carioca, o técnico teve um aproveitamento de 37,1 % em somente 26 jogos. O bom momento voltou apenas no ano passado, quando levou a Ponte Preta para a melhor campanha da história dos pontos corridos com 20 clubes e ainda chegou a sonhar com uma vaga na Libertadores.

Foi justamente o trabalho na Macaca que levou Eduardo Baptista a aceitar seu maior desafio: comandar o Palmeiras, atual campeão brasileiro que tinha acabado de perder Cuca. Porém, a passagem pelo Alviverde paulista foi de apenas 23 jogos e aproveitamento de 66,6 %. No curto período, o trabalho dele foi questionado até mesmo pelos torcedores e viveu um momento tenso na vitória sobre o Peñarol por 3 a 2. Logo após a partida, os jogadores e torcedores palmeirenses foram acuados pelos uruguaios e na entrevista coletiva, ele desabafou contra o jornalista Juca Kfouri que revelou um desentendimento entre ele e o atacante Roger Guedes.

“Colocaram algumas coisas sobre a minha pessoa que vai além do campo. Além da parte tática, sobre se substitui mal. Escutei de uma pessoa importante, um cara que admiro e sou fã há muito tempo. Falar que o Róger Guedes jogou contra a Ponte Preta porque o [Alexandre] Mattos escalou e que sou um treinador maleável. Sou um cara muito sério. Batalhei para estar aqui. Exijo respeito”, criticou Baptista, na ocasião.

Filho de campeão pelo Atlético

Quando tinha apenas 16 anos, Eduardo viu seu pai, Nelsinho Baptista, ser campeão justamente pelo clube em que irá comandar. O atual técnico do Vissel Kobe, do Japão, teve seu primeiro destaque na carreira justamente quando treinou o Furacão na conquista do Campeonato Paranaense de 1988.

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