Samir Namur projeta valorização das categorias de base do Coritiba (Greyson Assunção/Banda B)

O presidente Samir Namur já iniciou seu trabalho a frente do Coritiba e a primeira definição foi a de Sandro Forner como técnico para 2018. Em entrevista à Banda B, o novo mandatário coxa-branca falou sobre a escolha do treinador, a mudança na diretoria de futebol e também falou sobre a permanência de jogadores com contrato somente até o final do mês.

Confira a entrevista na íntegra:

O Coritiba definiu que o Sandro Forner será o novo técnico para 2018. Fale sobre a decisão de efetivar o técnico que conquistou bons resultados no sub-20.

Não foi muita surpresa para o torcedor e quem acompanhou nossa campanha. O Sandro Forner encaixa exatamente no perfil que vínhamos defendendo. É um perfil de profissional que vai trabalhar com orçamento, tamanho de elenco e já realizou trabalho de excelência nos últimos dois anos dentro das categorias de base. A tendência é que sete atletas sejam promovidos ao time profissional e por isso o Sandro encaixa no perfil. É uma escolha a longo prazo e para chegar ao final do ano com bons resultados.

Existe a definição de quem será o novo diretor de futebol? É o Augusto Moura?

Não existe ainda essa definição. O Augusto é um profissional que já trabalha há muito tempo no clube, já foi coordenador das categorias de base e responsável por boa parte do departamento de inteligência. Ele tem um perfil muito técnica, de análises de desempenho e nos agrada bastante. Desde segunda-feira, chamei ele para nos ajudar, mesmo que provisoriamente. A gente vai conversar com outros profissionais e o Augusto certamente estará no departamento de futebol. Ainda não está definida a situação dele.

O Tcheco será o assistente do Sandro Forner?

É uma especulação que me assustou pouco. Mesmo que tenha um perfil que a gente goste, ainda não houve nenhuma conversa com ele. O Tcheco está de férias e não teve nenhuma proposta. Ainda é mera especulação.

O orçamento do Coritiba será de R$ 103 milhões, mas esse valor ainda não está em caixa. Um setor importante é justamente para arrecadar esse valor então como você pretende trabalhar com isso?

Existe dentro do orçamento algumas receitas bem previsíveis, de sócios mesmo com queda e até bilheteria. Outras mesmas são imprevisíveis como a venda de jogadores. Em 2017 e 2018, o Coritiba fez em seu orçamento previsão de R$ 10 milhões em venda de jogadores e passou desse número neste ano. No ano que vem, será um desafio grande com o Coritiba na Série B. Ainda tem a questão de patrocínios, parceiros comerciais e venda de camarotes. Isso atrai receita e é uma função bem importante. Pensamos em algumas estruturas, estratégia de marketing e nas próximas semanas podemos definir um profissional ou empresa terceirizada que fique responsável para trazer novos parceiros comerciais.

O Coritiba tem uma série de jogadores com contrato até o final da temporada. Dos jogadores que têm contrato vencendo, quantos devem permanecer?

O Coritiba, com jogadores que retornam de empréstimo, tem 29 jogadores com contrato e alguns vencem em março ou abril. Espaço para contratação e renovação não é gigantesco. Terá que ser muito pontual. Houve algumas conversas com o Sandro que pretende renovar alguns vínculos. Sempre vamos pensar que temos um orçamento e ninguém vai fazer loucura para que alguns desses jogadores fiquem.

Um dos jogadores com contrato e salário alto é o Kleber. Ele será chamado para uma readequação no salário dentro do orçamento?

Alguns jogadores têm contrato no ano que vem. Outro ponto é que em uma mescla de jogadores experientes com a base, você precisa manter jogadores com experiência, exemplos do Wilson, João Paulo e até o Kleber. Mesmos com salários altos, eles são atletas importantes e pensamos em cumprir os contratos deles para que tenham papel importante durante a Série B.

E o Baumjohann continua no Coritiba?

Esse tipo de decisão é para o departamento de futebol e comissão técnica. Não vou citar nomes e em conversas já houve menção de jogador importante para renovação que não imaginei. O Baumjohann, assim como outros jogadores, vão entrar em análise técnica e depois conjunta com a diretoria que é financeira.

Durante a campanha, por vezes, você citou nomes de ex-presidentes que fizeram história no Coritiba. O que pretende fazer na sua gestão para quando aparecer um jovem candidato seu nome ser citado como aquele que fez uma boa gestão no clube?

Citei figuras importantes e prefiro responder que não tenho esse tipo de vaidade. Não vou exercer meu mandato com a vaidade de colocar em segundo plano convicções importantes por uma marca pessoal. Nossa motivação é implementar um diagnóstico que tinha do clube para daqui três anos ver que o Coritiba está bem melhor. Se em três anos o Coritiba ter evolução, eu já vou ficar bem satisfeito.

O seu trabalho é julgado muitas vezes só pelo futebol e muitos nem querem saber se sua administração em si está sendo boa. É realmente uma tarefa muito árdua?

Nós que vivemos o dia a dia do futebol sabemos que tem o fator de imprevisibilidade dentro de campo. Você pode fazer tudo certo e a bola não entrar. Ou também pode acontecer de fazer tudo errado e ainda ser bem avaliado se a bola entrar. Isso passa por uma estratégia de comunicação bem alinhada e fazer o torcedor entender que as escolhas têm uma razão de ser e partem de um projeto.

Coritiba tem a comissão de sócios e patrimônio (responsável pela manutenção do Couto Pereira). Como que você vai trabalhar com essas comissões?

O Coritiba do ponto de vista administrativo tem seu departamento responsável pelo patrimônio, manutenção e obras e também o departamento de comunicação e marketing. As comissões, que sempre fazemos referências, são compostas por conselheiros e fazem relatórios, sugestões e analisam o trabalho do clube. Pretendemos mudar bastante com trabalho conjunto do Conselho Administrativo com as comissões do Conselho Deliberativo.

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Efetivação de Sandro Forner, saída de Alex Brasil e situação dos jogadores: entrevista com Samir Namur

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