Essa é uma pergunta que com certeza terá uma resposta unânime. A VIDA na tem preço.

Mas, quando falamos em uma segurança que possa salvar vidas, se faz necessário que sejam feitos investimentos pelo Estado que possam propiciar os meios necessários para que a população tenha uma segurança eficiente e eficaz, tanto na estrutura física, como nas pessoas que irão atuar diretamente junto à população, que são os integrantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Instituto de Criminalística, além de investimentos nos outros poderes, os quais apesar de atuarem em paralelo com a segurança são fundamentais para que os crimes não fiquem impunes e a violência não prospere e aumente ainda mais, que são o Ministério Público, o Poder Judiciário e o Sistema Prisional.

Infelizmente, a grande maioria da população, ao se sentir insegura acaba por colocar a culpa apenas na Polícia, alegando que a mesma não faz o que tem que fazer e não prende os criminosos, mas se esquecem que a Polícia é apenas a “ponta do iceberg” e que para que haja uma segurança eficiente é fundamental que todos os poderes atuem com responsabilidade e dedicação.

As nossas leis são idealizadas e aprovadas, mas na prática a grande maioria delas não é aplicada em sua plenitude por falta de infraestrutura.

Os marginais, após serem presos, são beneficiados por uma enormidade de “brechas legais” que em poucos dias os colocam em liberdade, seja por falta de vagas nas delegacias, pela falta de materialidade no processo por falta de uma perícia não realizada por falta de estrutura, ou simplesmente pelas facilidades de se responder a um crime em liberdade.

Se apesar de todas essas facilidades, ainda for processado e ir a julgamento, com certeza, mesmo que condenado, ainda terá direito a vários graus de recursos durante o transcorrer do processo até que se transite em julgado, permanecendo provavelmente esse período em liberdade e caso seja um marginal, o mesmo com certeza enquanto aguarda o final do seu processo, terá cometido muitos outros crimes.

Essa sensação de impunidade, comprovada pelos índices de presos onde o processo consegue chegar a um julgamento e dos que chegam e essa fase final do processo, resulta num percentual que oscila conforme os crimes entre 1% e 8% de processos concluídos com algum tipo de pena.

Mas, mesmo sendo condenados, sabem que em pouco tempo terão direito a uma progressão de regime e logo estarão de volta às ruas para continuarem no mundo da marginalidade, pois a estrutura existente em nosso sistema prisional não consegue recuperar praticamente ninguém, pois hoje a quase totalidade de nossos presídios não passa apenas de um depósito de apenados.

Por isso é fundamental que num eleitoral, as pessoas analisem com seriedade e responsabilidade em quem irá depositar sua confiança através do voto, analisando não só as promessas, mas principalmente quais foram as suas realizações e qual é o seu histórico de vida.

E a pergunta principal?

É alguém que você confia?

Se tiver alguma dúvida ou alguma pergunta, mande para o meu e-mail[email protected]

* O Coronel Jorge Costa Filho é consultor em segurança. Formado em Administração de Empresas, tem doutorado em Segurança Pública. Profissional experiente, já comandou a Polícia Militar em Curitiba

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